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Indústria cresce em fevereiro, mas setor extrativo tem maior queda em 17 anos por Brumadinho

2 abr 2019 - 09h12
(atualizado às 09h42)
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A produção industrial mostrou alguma recuperação em fevereiro impulsionada por Bens de Capital e indicando melhora do investimento, ao devolver as perdas do mês anterior, apesar da maior queda em 17 anos do setor extrativo devido ao desastre em Brumadinho (MG) com uma barragem da Vale.

Barragem da Vale em Brumadinho que rompeu este ano
13/02/2019
REUTERS/Washington Alves
Barragem da Vale em Brumadinho que rompeu este ano 13/02/2019 REUTERS/Washington Alves
Foto: Reuters

A produção industrial teve alta de 0,7 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

O resultado elimina a queda de 0,7 por cento em janeiro, em dado revisado de recuo de 0,8 por cento divulgado antes.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2,0 por cento, interrompendo três meses seguidos de perdas.

Em fevereiro, entre as categorias econômicas, o destaque coube a Bens de Capital, uma medida de investimento, que teve avanço de 4,6 por cento na produção impulsionada pela produção de caminhões.

Bens de Consumo Duráveis também teve forte alta de 3,7 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, com o setor de automóveis ajudando o resultado, segundo o IBGE.

Já a produção de Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis registrou crescimento de 0,7 por cento, enquanto a de Bens Intermediários encolheu 0,8 por cento no mês.

Entre os 26 ramos pesquisados, 16 apresentaram ganhos, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (6,7 por cento), produtos alimentícios (3,2 por cento) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3 por cento).

"A alta bem disseminada na produção de fevereiro ainda guarda uma relação com o efeito-calendário, já que em 2019 o mês teve dois dias úteis a mais do que fevereiro de 2018, com o feriado de Carnaval em março", explicou em nota o gerente da pesquisa, André Macedo.

Entretanto, as indústrias extrativas sofreram a maior queda da série iniciada em 2002, com contração de 14,8 por cento, devido principalmente à produção de minérios de ferro. Segundo o IBGE, esse resultado é reflexo dos efeitos do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho (MG), que deixou mais de 300 mortos.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa dos economistas para a indústria neste ano é de uma expansão de 2,50 por cento, acelerando a 3,00 por cento em 2020.

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