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Índice global de preços de alimentos sobe em fevereiro pelo 9° mês, diz FAO

4 mar 2021 - 09h21
(atualizado às 15h48)
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Os preços mundiais dos alimentos subiram pelo nono mês consecutivo em fevereiro, atingindo seu nível mais alto desde julho de 2014, em movimento puxado por saltos do açúcar e de óleos vegetais, disse a agência de alimentos das Nações Unidas nesta quinta-feira.

Logo da FAO fotografado em Roma, Itália 
06/09/2012
REUTERS/Alessandro Bianchi
Logo da FAO fotografado em Roma, Itália 06/09/2012 REUTERS/Alessandro Bianchi
Foto: Reuters

O índice da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, teve média de 116 pontos no mês passado, contra 113,2 do dado revisado de janeiro.

O valor anterior de janeiro era 113,3.

A FAO, com sede em Roma, também disse em um comunicado que as colheitas mundiais de cereais continuam a caminho de um recorde anual em 2020, acrescentando que as primeiras indicações apontam para um novo aumento na produção este ano.

O índice de preços de cereais da FAO subiu 1,2% em base mensal em fevereiro. Entre os principais grãos, os preços do sorgo foram os que mais subiram, com alta de 17,4% no mês e 82,1% no ano, impulsionados pela forte demanda da China.

Os preços do milho e do arroz também subiram, enquanto preços de exportação do trigo seguiram em geral estáveis, disse a FAO.

Os preços do açúcar subiram 6,4% na comparação mensal meio a preocupações com a oferta em 2020/21, devido às quedas de produção nos principais países produtores e à forte demanda da Ásia.

O índice de preços do óleo vegetal subiu 6,2%, para o nível mais alto desde abril de 2012, com os preços do óleo de palma subindo pelo nono mês, impulsionados por preocupações com os baixos estoques nas principais nações exportadoras.

Os preços dos laticínios subiram 1,7%, enquanto o índice da carne registrou um modesto ganho de 0,6%. A FAO disse que as cotações da carne suína caíram, afetadas pela redução nas compras da China em meio a um grande excesso de oferta e um aumento do número de suínos não vendidos na Alemanha devido à proibição das exportações para os mercados asiáticos.

A FAO elevou sua previsão para a safra de cereais de 2020, para 2,761 bilhões de toneladas, de uma estimativa de 2,744 bilhões feita no mês passado, apontando para um aumento de 1,9% ano a ano.

Essa revisão refletiu um aumento de 7,5 milhões de toneladas na estimativa da produção mundial de trigo, impulsionada por dados oficiais divulgados recentemente por Austrália, União Europeia, Cazaquistão e Rússia.

A previsão para a produção global de arroz também foi aumentada em 2,6 milhões de toneladas em relação ao mês passado, devido às previsões de produção mais otimistas da Índia.

A FAO aumentou sua previsão para os estoques globais de cereais em 9 milhões de toneladas, projetando que eles devem fechar 2021 em 811 milhões, o que representaria um declínio de 0,9% ano a ano.

"Olhando para o futuro, as indicações atuais sugerem um pequeno aumento na produção mundial de cereais em 2021", disse a FAO.

"Embora a maior parte da safra de trigo no hemisfério norte ainda esteja dormente e países do hemisfério sul ainda não tenham plantado, a previsão preliminar da FAO para a produção global de trigo em 2021 aponta para um terceiro aumento anual consecutivo, para 780 milhões de toneladas, um novo recorde."

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