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Arrecadação federal soma R$ 146,4 bi em agosto, recorde para o mês, diz Receita

Segundo o secretário José Tostes, aumento é estrutural e reflete a melhora da economia

23 set 2021 - 15h48
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BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 146,463 bilhões em agosto. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 7,25% na comparação com o mesmo mês de 2020 e é o maior para meses de agosto da série histórica, iniciada em 1995, informou a Receita Federal nesta quinta-feira, 23.

Em relação a julho deste ano, houve queda real de 15,22% no recolhimento de impostos. O desempenho veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 124,50 bilhões a R$ 156,574 bilhões.

No acumulado do ano até agosto, a arrecadação federal somou R$ 1,199 trilhão, também o maior volume para o período da série. O montante ainda representa um avanço real de 23,53% na comparação com os primeiros oito meses do ano passado.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes, disse que o aumento na arrecadação apresentado até agosto é estrutural e reflete a melhora da economia. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 23, ele ressaltou que o recolhimento de tributos vem crescendo desde agosto do ano passado.

"De oito meses deste ano, em seis a arrecadação foi recorde. As evidências de recuperação da economia são sólidas. O crescimento da arrecadação é sustentável e tem componente estrutural", afirmou.

O secretário destacou que o desempenho de agosto foi alcançado principalmente por causa do aumento no pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), contribuição para o PIS/Pasep e contribuições previdenciárias. Em agosto, houve pagamentos atípicos de R$ 29 bilhões.

"O resultado de janeiro a agosto poderia ser maior não fossem as compensações, que cresceram 30% no período", completou Tostes.

O coordenador de previsão e análise da Receita, Marcelo Gomide, ressaltou que o crescimento na arrecadação de tributos tem relação com a alta nos preços das commodities (produtos básicos, como alimentos, minério de ferro e petróleo, cotados em dólar), que aumenta a base de cálculo do IRPJ e da CSLL pagos por empresas exportadoras.

O chefe do centro de estudos tributários da Receita, Claudemir Malaquias, acrescentou que o incremento na arrecadação entre as exportadoras de commodities veio sobretudo do setor de minerais.

Estadão
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