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IGP-M tem alta bem acima do esperado para outubro com minério de ferro e diesel--FGV

28 out 2021 - 13h42
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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,64% em outubro, após queda em igual magnitude no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

Minerador segura amostra de minério de ferro
02/12/2013
REUTERS/David Gray
Minerador segura amostra de minério de ferro 02/12/2013 REUTERS/David Gray
Foto: Reuters

O dado veio bem acima da estimativa apontada em pesquisa da Reuters, de alta de 0,17%.

"A queda menos intensa registrada no preço do minério de ferro (-21,74% para -8,47%) e o aumento do preço do Diesel (0,00% para 6,61%), que neste caso, ainda não levou em conta o reajuste anunciado no dia 25/10, contribuíram para a aceleração da taxa do IGP-M", afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,53% em outubro, após queda de 1,21% em setembro. O grupo Bens Intermediários acelerou a alta de 1,66% em setembro para 2,65% em outubro, enquanto Bens Finais subiu 1,08%, de aumento de 1,62% no mês anterior.

Enquanto isso, a taxa do grupo Matérias-Primas Brutas apresentou queda menos intensa, de 1,87% em outubro, ante recuo de 5,74% em setembro. Contribuíram para a taxa menos negativa do grupo o minério de ferro (cuja queda desacelerou de 21,74% para 8,47%), suínos (de -4,49% para 8,34%) e cana-de-açúcar (de +1,43% para +2,93%).

Em sentido oposto, destacaram-se os itens bovinos (de -1,55% para -5,92%), milho em grão (de -3,18% para -4,52%) e aves (de +2,55% para +0,61%).

Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,05% em outubro, de alta de 1,19% em setembro.

Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com a principal contribuição partindo do grupo Habitação (que saiu de alta de 2,00% para 1,04%). Ainda na classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa de aumento passou de 5,75% em setembro para 2,90% em outubro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (de +1,31% para +1,07%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de +0,38% para +0,22%). Nestas classes de despesa, vale mencionar gasolina (que saiu de alta de 2,77% para 2,05%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de +0,67% para +0,28%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,80% em outubro, ante 0,56% em setembro, aceleração puxada por Materiais e Equipamentos, cujos preços subiram 1,68% em outubro, de 0,89% em setembro.

Com o resultado de outubro, o IGP-M acumula alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses.

Em outubro de 2020, o índice havia subido 3,23% e acumulava alta de 20,93% em 12 meses.

O IGP-M foi desenhado para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que acompanhasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

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