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IEA mantém estável projeção de demanda por petróleo, mas alerta sobre oferta da Opep

13 jun 2018 - 09h56
(atualizado às 11h29)
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A demanda por petróleo deverá manter em 2019 o ritmo de crescimento visto neste ano, graças a uma sólida economia global, mas o mundo pode enfrentar uma escassez no final do próximo ano, se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não cobrir eventuais déficits de suprimento, alertou nesta quarta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Sondas de petróleo em Vaudoy-en-Brie, França
23/04/2018
REUTERS/Christian Hartmann
Sondas de petróleo em Vaudoy-en-Brie, França 23/04/2018 REUTERS/Christian Hartmann
Foto: Reuters

O relatório serve como um alerta para os maiores exportadores globais, que vão se reunir na próxima semana em Viena para discutir suas políticas de fornecimento.

A IEA disse que espera que a demanda global por petróleo aumente em 1,4 milhão de barris por dia em 2019, para superar 100 milhões de bpd no segundo trimestre.

A agência espera que a demanda cresça no mesmo ritmo neste ano, em previsão estável ante seu relatório de maio.

"Um sólido pano de fundo econômico e a assunção de preços mais estáveis são fatores-chave. Riscos incluem a possibilidade de preços mais altos e interrupções no comércio. Alguns governos estão considerando medidas para aliviar pressões de preços sobre os consumidores", disse a agência com sede em Paris em relatório seu mensal.

"Existe a possibilidade de uma revisão para baixo em nossas previsões econômicas para os próximos meses. A economia global está sentindo algum impacto devido aos elevados preços do petróleo."

Os preços do petróleo subiram em um terço, para cerca de 76 dólares o barril, perto de um pico atingido no final de 2014, desde que a Opep e outros produtores, como a Rússia, começaram a cortar a produção em janeiro de 2017.

A IEA disse que vê um cenário em que a produção do Irã e da Venezuela pode estar 1,5 milhão de bpd menor que hoje, devido à crise venezuelana e sanções dos EUA aos iranianos.

"Se os outros 12 membros da Opep forem continuar bombeando ao mesmo ritmo de maio, uma potencial escassez poderia surgir e levar a uma queda nos estoques de mais de 1,6 milhão de bpd no quarto trimestre de 2019", afirmou o relatório.

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