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Ibovespa tem sessão volátil com exterior negativo e bateria de balanços antes de eleição

26 out 2018 - 20h26
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A bolsa paulista mostrava volatilidade nesta sexta-feira, em meio a fortes perdas nos pregões em Wall Street, com pauta doméstica marcada por uma bateria de resultados de empresas brasileiras e por expectativas em relação ao desfecho do segundo turno da corrida presidencial no domingo.

 7/01/2016. REUTERS/Paulo Whitaker
7/01/2016. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Às 12:27, o Ibovespa subia 0,4 por cento, a 84.421,37 pontos. Mais cedo, na máxima, o principal índice de ações do mercado brasileiro subiu 0,57 por cento, a 84.565 pontos, e na mínima recuou 0,7 por cento, a 83.497 pontos. O volume financeiro somava 6,3 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, os negócios eram pressionados por resultados abaixo das expectativas de companhias como Amazon e Alphabet, que derrubavam as ações do setor de tecnologia. O S&P 500 perdia 2,5 por cento, apesar de números melhores sobre o crescimento da economia norte-americana.

A pauta doméstica era recheada de balanços corporativos, entre eles os de Usiminas, GPA, Suzano e Lojas Renner, enquanto investidores fazem as últimas apostas para o resultado da eleição presidencial que será conhecido no domingo.

Pesquisas eleitorais divulgadas entre a noite de quinta-feira e no começo do dia desta sexta-feira reiteraram o favoritismo de Jair Bolsonaro, do PSL, na disputa com Fernando Haddad, do PT, embora na sondagem do Datafolha, a diferença entre os dois candidatos tenha diminuído.

De acordo com o gestor Marco Tulli, da corretora Coinvalores, o Datafolha trouxe algum ruído que, combinado com o exterior negativo, pesou na bolsa paulista. Ele, contudo, não descarta uma melhora até o final do dia com compras de olho na esperada vitória de Bolsonaro.

Estrategistas o Morgan Stanley recomendaram, em relatório enviado no final da quinta-feira, comprar ações brasileiras, avaliando que o país pode ter uma narrativa de investimento positiva nos próximos 5 a 6 meses, o que não esperam para outros mercados emergentes.

"A história é simples; um presidente recém-eleito com capital político e disposição para realizar uma consolidação fiscal e reformas estruturais que poderiam ter um impacto positivo no crescimento econômico de curto e longo prazos", afirmou a equipe liderada por Guilherme Paiva.

DESTAQUES

- SUZANO caía 5,11 por cento, apesar de resultado operacional forte no terceiro trimestre, e com a fraqueza do dólar ante o real corroborando o ajuste negativo da produtora de papel e celulose. As ações das empresa, que pretende concluir a incorporação da concorrente Fibria em janeiro de 2019, ainda acumulam alta de cerca de 120 por cento no ano.

- VALE recuava 0,42 por cento, pesando no índice dada a sua relevante participação na composição do Ibovespa, em linha com o recuo de papéis de mineradoras no exterior

- PETROBRAS PN subia 0,34 por cento, tentando se manter em território positivo apesar da piora generalizada e do recuo dos preços de petróleo no exterior. No começo do pregão, as preferenciais da petrolífera de controle estatal subiram 1,37 por cento.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN subiam 0,45 e 0,42 por cento, em pregão volátil.

- LOJAS RENNER valorizava-se 2 por cento, em meio à recepção positiva para o balanço da varejista de moda, com alta de 13 por cento na receita líquida total entre julho e setembro, enquanto as vendas mesmas lojas tiveram crescimento de 6,9 por cento e as margens subiram.

- USIMINAS PNA subia 0,20 por cento, na contramão do desempenho de outras siderúrgicas no Ibovespa, tendo no radar resultado do terceiro trimestre, com Ebitda de 686 milhões de reais, alta de 54,5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro líquido saltou 280 por cento e a receita cresceu 41 por cento.

- GOL PN avançava 4,13 por cento, endossada pelo declínio do dólar ante o real e queda dos preços do petróleo, além das expectativas positivas em torno dos planos da companhia aérea de incorporar sua controlada Smiles

- GPA PN cedia 0,65 por cento, revertendo o avanço do começo do pregão, também marcado pela divulgação de balanço, com resultado operacional medido Ebitda ajustado de 670 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 24,3 por cento ano a ano, e alta de 5,5 ponto na margem Ebitda ajustada.

- CCR perdia 0,29 por cento, após queda de 22,7 por cento no lucro do terceiro trimestre, diante dos efeitos de isenções concedidas pelo governo federal a caminhoneiros após uma greve do setor que paralisou o país na segunda quinzena de maio.

- FLEURY caía 2,33 por cento, no primeiro pregão após a divulgação do balanço do terceiro trimestre, quando registrou Ebitda de 181,5 milhões de reais, crescimento de 11,1 por cento sobre um ano antes. O lucro líquido somou 90,3 milhões de reais, alta de 4,4 por cento.

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