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Ibovespa sobe 2% com exterior benigno e expectativas eleitorais

18 set 2018 - 17h19
(atualizado às 17h40)
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O Ibovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido nesta terça-feira, superando 78 mil pontos, favorecido pelo cenário externo benigno, enquanto permanecem as especulações sobre o desfecho da disputa presidencial.

Operadora observa painel de cotações de índices da bolsa paulista. 10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker.
Operadora observa painel de cotações de índices da bolsa paulista. 10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker.
Foto: Reuters

O principal índice da bolsa paulista subiu 1,99 por cento, a 78.313,96 pontos, maior patamar de fechamento desde 29 de agosto. O volume financeiro somou 11,184 bilhões de reais.

No exterior, os Estados Unidos confirmaram planos de novas tarifas a produtos chineses, mas o percentual de 10 por cento a partir de 24 de setembro ficou abaixo do sinalizado inicialmente pela administração de Donald Trump.

A China respondeu com novas medidas tarifárias a itens norte-americanos, mas o movimento não chegou a minar o humor nos mercados globais, uma vez que ambas as decisões eram aguardadas.

Em Wall Street, o S&P fechou com acréscimo de 0,54 por cento.

No Brasil, o pregão terminou com agentes financeiros na expectativa da divulgação de pesquisa Ibope sobre intenções de voto prevista para a noite desta terça-feira.

Agentes financeiros têm recebido positivamente o fortalecimento de Jair Bolsonaro (PSL), que vem liderando as pesquisas, também nas simulações do segundo turno, embora sigam atentos ao desempenho dos candidatos com perfil mais à esquerda.

Em nota a clientes, a corretora Brasil Plural citou que Fernando Haddad (PT) tem se beneficiado com a transferência dos votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e avalia que ainda há espaço para ele seguir sua trajetória de alta.

O gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, observou ainda que já se propagam, mesmo que de forma ainda muito incipiente, sinalizações de um viés mais "pró-mercado" por parte de Haddad. "Mas acho muito prematuro começar a incorporar isso nos preços."

DESTAQUES

- VALE valorizou-se 4,18 por cento, principal contribuição positiva para o Ibovespa. No mês, a ação da mineradora acumula alta de quase 7 por cento. BRADESPAR PN, que concentra investimentos na Vale, encerrou com elevação de 3,92 por cento.

- GERDAU PN fechou em alta de 6,65 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, seguida por USIMINAS PNA encerrando em alta de 5,12 por cento. CSN avançou 3,36 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 4,38 por cento, na esteira do avanço do petróleo no exterior, enquanto o papel também segue influenciado por apostas sobre o desfecho da corrida eleitoral.

- BRADESCO PN fechou com acréscimo de 0,81 por cento, mas ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,09 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL saltou 4,46 por cento e SANTANDER BRASIL avançou 2,47 por cento.

- VIA VAREJO UNIT ganhou 4,88 por cento, com o setor de consumo como um todo no azul e ainda tendo como pano de fundo operações ligadas à conversão dos papéis em ações ordinárias no âmbito da migração da dona das redes Pontofrio e Casas Bahia para o Novo Mercado.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 4,24 por cento, sendo o destaque negativo do Ibovespa e tendo no radar a precificação na véspera da captação de um bilhão de dólares em bônus no mercado internacional, como parte dos esforços para pagar a compra da rival Fibria.

- CIELO recuou 2,33 por cento, com a empresa se movimentando para enfrentar a rival PagSeguro entre pequenas e micro empresas. A maior processadora de pagamentos do país anunciou nesta terça-feira que começará a vender celulares que funcionam como leitores de cartões de crédito e débito.

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