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Ibovespa sobe 0,90% no dia; maio termina como pior mês desde setembro de 2014

30 mai 2018 - 18h53
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A bolsa brasileira teve nesta quarta-feira, 30, seu segundo dia consecutivo de alta, recuperando parte das fortes perdas registradas desde o início da greve dos caminhoneiros. Contribuiu para isso o cenário internacional favorável, com alta das commodities e das bolsas de Nova York. Ainda assim, o mercado brasileiro de ações chega ao final de maio contabilizando fortes perdas nas ações e expressiva saída de capital estrangeiro. Apesar da desmobilização da paralisação nas estradas, o mal estar causado pelo movimento grevista ainda não se dissipou, dizem analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O Índice Bovespa terminou o dia aos 76.753,61 pontos, em alta de 0,90%. Os negócios foram robustos e somaram R$ 20,4 bilhões. Com o resultado do dia, o principal índice de ações da B3 encerrou a semana com queda de 2,72% e o mês de maio com perda de 10,87%. Foi o pior resultado mensal desde setembro de 2014 (-11,70%), quando o mercado vivia a expectativa pela eleição presidencial que levaria Dilma Rousseff e Aécio Neves ao segundo turno. "A alta da bolsa foi novamente uma reação natural do mercado, com gestores fazendo ajustes em suas carteiras na virada do mês. Depois do movimento forte de queda, algumas ações voltaram a mostrar algum charme aos olhos dos investidores", disse Ariovaldo Ferreira, gerente de renda variável da Hcommcor. Os destaques positivos do dia foram as ações de bancos, que mantiveram o Ibovespa no azul até o fechamento. À exceção dos papéis do Bradesco, todos os outros terminaram o dia em alta, com Banco do Brasil ON (+6,52%) na liderança. Segundo Ferreira, os papéis do banco foram impulsionados pelo comunicado do Tesouro Nacional informando que concluiu na terça-feira o programa de venda de ações do BB que estavam no Fundo Soberano do Brasil. Ao longo de todo o programa, foram vendidos 105 milhões de ações, somando R$ 3,6 bilhões. No acumulado de maio, os bancos sofreram perdas expressivas. Com resultados trimestrais positivos, mas que não chegaram a empolgar os investidores, esses papéis sofreram com a aversão ao risco ao longo das semanas, com temores de delações premiadas e com o risco político. Os papéis do Banco do Brasil caíram 16,77% no mês, os preferenciais de Itaú Unibanco perderam 15,72% e Bradesco ON recuou 18,21%. As ações da Petrobras, que estiveram no centro das atenções nos últimos dias, sofreram instabilidade no pregão desta quarta, refletindo não apenas os desdobramentos da greve dos caminhoneiros, mas também o início da paralisação de advertência iniciada pelos petroleiros da estatal. Apesar da forte alta dos preços do petróleo no mercado internacional, Petrobras PN teve queda de 1,66%, acumulando perda de 17,23% em maio. Petrobras ON caiu 0,22%, com desvalorização de 9,78% no mês.

Estadão
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