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Ibovespa resiste à apreensão com Turquia e sobe mais de 1% em dia de recuperação

13 ago 2018 - 17h06
(atualizado às 17h40)
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O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, marcada pela recuperação de várias ações após uma semana de perdas, embora o aprofundamento da crise na Turquia e incertezas com o panorama eleitoral sigam referendando um viés mais cauteloso.

10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker
10/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O principal índice de ações da B3 subiu 1,28 por cento, a 77.496,45 pontos. O volume financeiro somou 9,9 bilhões de reais.

Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda de 6 por cento, sendo que apenas na sexta-feira caiu quase 3 por cento.

Na visão do analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, o cenário externo ainda inspira cautela, em razão dos eventos na Turquia e com o banco central argentino elevando juros para 45 por cento em meio aos escândalos de corrupção.

A lira turca voltou a cair nesta sessão, em uma crise que tem como pano de fundo um quadro inflacionário e a ausência de medidas de controle econômico por parte do banco central da Turquia, além da desavença diplomática com os EUA.

Na Argentina, o banco central anunciou nesta segunda-feira uma nova alta na taxa básica de juros do país, de 40 para 45 por cento.

"A sinalização de que o governo brasileiro está pronto para agir em caso de excesso de volatilidade, contudo, deu uma acalmada no mercado", afirmou Suzaki, citando ainda expectativa para dados sobre a economia chinesa previstos para a madrugada, que estarão no foco dos agentes financeiros.

Uma fonte do Ministério da Fazenda disse à Reuters que "o Brasil está bastante pronto para agir para se garantir em caso de excesso de volatilidade", em referência à situação da Turquia.

Suzaki também alertou para a proximidade dos vencimentos dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro que acontecem na quarta-feira. "Isso sempre traz volatilidade", afirmou.

O noticiário eleitoral tende a permanecer no radar, particularmente pesquisas de intenção de voto, conforme as campanhas começam oficialmente nesta semana, assim como a reta final da temporada de resultados no país.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN encerrou em alta de 2,3 por cento, apesar da queda dos preços do petróleo no exterior, com o Brent terminando o dia em baixa de 0,3 por cento.

- BRADESCO PN apreciou-se 1,94 por cento, após fortes perdas na semana passada, assim como ITAÚ UNIBANCO PN , que encerrou em alta de 0,79 por cento, endossando a recuperação doméstica.

- VALE valorizou-se 1,1 por cento, em sessão na qual o preço do minério de ferro à vista na China caiu, mas o contrato futuro da commodity mais negociado em Dalian subiu 1 por cento.

- KROTON avançou 7,03 por cento, em meio a ajustes após forte perda na semana passada, antes da divulgação do balanço previsto para depois do fechamento do mercado na terça-feira. A ação acumula em 2018 queda de mais de 40 por cento. Apenas na semana passada, recuou mais de 14 por cento. Analistas do Bradesco BBI esperam pressões nas margens.

- JBS e MARFRIG fecharam com altas de 4,7 e 4,32 por cento, respectivamente. Ambas as companhias divulgam balanço na terça-feira, após o fechamento do mercado.

- USIMINAS PNA subiu 2,4 por cento, conforme começa a normalizar sua produção em Ipatinga (MG), após a explosão de um gasômetro naquela usina na sexta-feira paralisar alto-fornos e deixar 34 feridos. A companhia prevê retomar a operação do alto-forno nº 3 na unidade até quarta-feira.

- CSN valorizou-se 4,69 por cento, tendo no radar notícia publicada no fim de semana pelo jornal O Estado de S.Paulo de que a siderúrgica contratou o banco de investimentos norte-americano Jefferies para assessorá-la na venda de seus ativos em Portugal e na Alemanha.

- BRADESPAR PN caiu 1,19 por cento. Uma fonte disse à Reuters que a holding planeja usar os recursos de uma emissão de notas de 2,4 bilhões de reais para pagar indenização à Elétron, do empresário Daniel Dantas, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada.

- BRF declinou 1,17 por cento, ainda enfraquecida por prejuízo bilionário no segundo trimestre divulgado na sexta-feira. A agência de classificação de risco S&P cortou o rating de escala corporativa global da companhia de alimentos de 'BB+' para 'BB', com perspectiva negativa.

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