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Ibovespa renova recorde histórico pelo segundo dia seguido

3 jan 2019 - 19h17
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Após passar a maior parte da sessão em baixa, em meio a uma realização de lucros, o Ibovespa ganhou fôlego na reta final da sessão desta quinta-feira, 3, à medida que as ações de Petrobras e bancos passaram a subir com força. O índice renovou máxima histórica de fechamento pelo segundo dia seguido, ainda influenciado pelo otimismo com o governo Bolsonaro, apesar do exterior negativo. Lá fora, pressionaram os ativos as preocupações quanto a uma desaceleração global, alimentadas pela revisão para baixo na projeção de receita da Apple no primeiro trimestre fiscal. Em Nova York, os índices acionários operavam em queda de mais de 2%.

O principal índice da bolsa fechou em alta de 0,61%, aos 91.564,25 pontos, após ter renovado mínimas e caído até 1,20% na etapa vespertina da sessão. O volume foi de R$ 20 bilhões. No início do pregão, e antes da abertura dos negócios em Wall Street, o Ibovespa ainda renovou a máxima histórica intraday ao alcançar 91.596,28 pontos.

"O quadro continua positivo para os ativos de risco, uma vez que prevalece o otimismo com o novo governo", afirma Rafael Passos, analista da Guide Investimentos. No fim do pregão, as ações da Petrobras ganharam impulso após discurso de posse do novo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, subindo mais de 2%. Além disso, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que num prazo de 100 dias a União e a Petrobras deverão concluir a negociação do crédito devido à estatal pela cessão onerosa de áreas no pré-sal em 2010. Segundo o ministro é certo que a empresa tenha crédito a receber. Papéis de bancos também passaram a subir, e as ações de Itaú Unibanco e Bradesco avançaram mais de 1%.

Shin Lai, estrategista da Upside Investor, destaca que exportadoras puxaram a bolsa para baixo ao longo do dia. "Empresas como Vale, BRF e Suzano sofreram com a forte queda do dólar nesta quinta-feira. Por outro lado, estatais como Sabesp e Eletrobras tiveram fortes ganhos com a expectativa de avanço das privatizações", comenta. As ações da Vale recuaram 4,09%; Suzano, -5,62%; e BRF, -3,98%. Já Sabesp subiu 7,71% e Eletrobras 5,98% (ON) e 6,01% (PNB).

Estadão
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