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Ibovespa reduz perdas e termina pregão em baixa de 0,22%

6 dez 2018 - 18h53
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O Índice Bovespa não ficou imune à onda de aversão ao risco que tomou conta do mercado internacional nesta quinta-feira, 6, mas terminou o dia já bem distante de seus piores momentos. Depois de ter caído até 2,26% no início da tarde, o principal índice de ações da B3 reduziu o ritmo e terminou o dia em baixa de 0,22%, aos 88.846,48 pontos. Os negócios somaram R$ 13,7 bilhões.

A desaceleração no período da tarde foi favorecida pela melhora no humor nas bolsas americanas, assim como pela desaceleração da alta do dólar ante o real e outras moedas de países emergentes. Assim, investidores que realizam operações de giro rápido recompuseram parte dos lotes que haviam vendido mais cedo, informaram operadores das mesas de ações.

As ações da Petrobras foram o grande destaque negativo do dia. Os papéis caíram 4,16% (ON) e 3,79% (PN), influenciados pela forte queda dos preços do petróleo, em meio ao imbróglio em torno entre os países produtores da commodity. O ministro de Energia da Rússia, Khalid Al-Falih, afirmou à tarde não estar confiante em um acordo para corte na produção na reunião de aliados na sexta-feira. Em proporção bem menor, também gerou desconforto a informação de que o governo de Jair Bolsonaro pode alterar o plano estratégico 2019-2023 apresentado na quarta pela companhia.

Na ponta oposta estiveram as ações do setor financeiro, que se recuperaram das perdas e, na maioria, terminaram o dia em alta. A melhora foi conduzida pela desaceleração das perdas em Wall Street ao longo da tarde. Pesaram positivamente as declarações do presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve, Raphael Bostic, indicando que a instituição está "a uma curta distância" do nível neutro da taxa de juros. "Dada a atual constelação de crescimento forte, taxa de desemprego em níveis muito baixos e inflação perto de 2%, penso que a política monetária deveria estar assumindo uma posição mais neutra", destacou o dirigente.

As sinalizações de Bostic de certa forma amenizaram o nervosismo visto mais cedo, quando os mercados repercutiam mais fortemente o caso da prisão de uma executiva do setor de telecomunicações da China, a pedido dos Estados Unidos. O receio de novo acirramento da tensão comercial entre Estados Unidos e China é reforçado pelos sinais de um possível desaquecimento da economia americana, apontado pelo achatamento das taxas de juros dos Treasuries. Com as bolsas de Nova York distantes das mínimas do dia, os papéis de bancos brasileiros reagiram com alta. Bradesco ON subiu 1,40% e Itaúsa PN avançou 2,57%.

Estadão
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