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Ibovespa reduz perdas com Vale e B2W, mas apreensão com atividade global mantém volatilidade

20 ago 2019 - 11h54
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O Ibovespa reduzia as perdas nesta terça-feira, após cair mais de 1% e tocar mínima de dois meses atrás, com a melhora das ações da Vale e da B2W entre os principais suportes, embora permaneçam apreensões sobre o ritmo da atividade global.

Tela de cotações na B3, em São Paulo. 25/07/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Tela de cotações na B3, em São Paulo. 25/07/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Às 11:48, o Ibovespa caía 0,09 %, a 99.375,16 pontos. Na mínima, chegou a 98.002,03 pontos, menor patamar intradia desde 18 de junho.

O volume financeiro era de 4,183 bilhões de reais.

Analistas da corretora Mirae Asset destacam que o temor de que uma recessão econômica global esteja a caminho se reflete em cautela por parte de investidores globais, com a situação política na Argentina agravando o problema para o Brasil.

"As incertezas sobre a economia global crescem e com isto teremos que nos habituar com um período de volatilidade no mercado financeiro global e aqui não tem como ser diferente", afirmaram Fernando Bresciani e Pedro Galdi, em nota a clientes.

Dados da B3 têm mostrado forte saída do capital estrangeiro negociado no segmento Bovespa, com o saldo negativo em 9,6 bilhões de reais no mês até o dia 16.

A queda do Ibovespa no mês, que já alcança 2,7%, também ocorre após quatro meses seguidos de valorização, em que acumulou um ganho de 6,7%. No ano até o final de julho, a alta era de 15,8%,

A corretora Coinvalores afirma também que o mercado segue monitorando a atuação dos bancos centrais para conter os riscos relacionados à desaceleração econômica global. Esse pano de fundo com medidas no radar favorece expectativas de fluxo para emergentes.

Nesse sentido, destacou na pauta da semana atas de reuniões de política monetária dos BCs dos EUA (quarta) e da zona do euro (quinta), além do simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole a partir de sexta, com autoridades de vários países.

"Investidores esperam sinais mais claros sobre a atuação dos BCs nos próximos meses", afirmou em nota a clientes.

DESTAQUES

- VIA VAREJO caía 3,4%, no quinto pregão seguido de baixa, em forte ajuste, após forte valorização desde a troca de comando da varejista. Após fechar julho com alta acumulada de mais de 50%, os papéis já contabilizam uma perda de mais de 15% em agosto. No setor, MAGAZINE LUIZA recuava 2,9%.

- BRASKEM PNA cedia 2,5%, após divulgar no final da segunda-feira que tomou conhecimento de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal relacionada a afundamento e rachaduras no solo em Maceió (AL), que inclui pedido de tutela de urgência para apresentação de garantias idôneas no valor de 20,5 bilhões de reais, além da suspensão de financiamentos e incentivos governamentais.

- B2W subia 4,7%, revertendo fraqueza do começo da sessão, tendo no radar anúncio de aumento de capital de 2,5 bilhões de reais para melhorar a estrutura de capital para seguir investindo na plataforma digital e acelerando o seu crescimento. A controladora LOJAS AMERICANAS PN, que se comprometeu a participar da operação, perdia 0,7%.

- VALE subia 1,2%, mesmo com queda dos preços do minério de ferro na China, em sessão positiva para papéis de mineração e siderurgia na bolsa paulista, com CSN também avançando 3%, USIMINAS PNA mostrando elevação de 1,7% e GERDAU PN subindo 1,3%.

- PETROBRAS PN subia 0,3%, apesar da queda ao redor de 1% dos preços do petróleo no mercado externo.

- GPA avançava 2,3%, tendo no radar elevação da oferta por suas ações detidas pela colombiana Almacenes Éxito, de 109 para 113 reais. Segundo o GPA, o anúncio foi feito pelo francês Casino, que é controlador das duas empresas.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 0,3%, mas BRADESCO PN cedia 0,3%.

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