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Ibovespa recua puxado por Vale e retorna ao patamar de 100 mil pontos

2 jul 2019 - 17h52
(atualizado às 18h04)
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O Ibovespa recuou nesta terça-feira, uma vez que o entusiasmo dos mercados com o acordo comercial entre Estados Unidos e China perdeu fôlego, e com agentes financeiros à espera da leitura do parecer sobre a reforma da Previdência em comissão da Câmara dos Deputados, após o relator sinalizar que Estados não devem ser incluídos nesta fase da tramitação.

Painel eletrônico de ações na B3
REUTERS/Amanda Perobelli
Painel eletrônico de ações na B3 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Ibovespa caiu 0,72%, a 100.605,17 pontos. O volume financeiro da sessão somou 17,5 bilhões de reais.

No exterior, o otimismo da véspera em torno das discussões comerciais entre EUA e China arrefeceu, abrindo espaço para ajustes. O governo norte-americano também aumentou a pressão sobre a Europa em uma antiga disputa sobre subsídios a aeronaves, ameaçando com tarifas sobre 4 bilhões de dólares em produtos adicionais da UE.

No Brasil, o mercado aguardava a leitura do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O relator da matéria, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), sinalizou que o texto não deve incluir as novas regras de aposentadoria de Estados e municípios, e que talvez o melhor caminho seja deixar a discussão para o plenário da Câmara.

Apesar da fraqueza das ações nesta sessão, estrategistas de ações seguem viés positivo para as ações brasileiras. A equipe do Itaú BBA elevou sua previsão para o Ibovespa no fim do ano para 118 mil pontos, citando o cenário de juros menores no país.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 1,61% e 1,5%, respectivamente, acompanhando a queda dos preços do petróleo no exterior.

- BRADESCO PN subiu 0,32%, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 0,36%. BANCO DO BRASIL ON recuou de 1,28%. SANTANDER BR UNIT subiu 0,52%.

- VALE despencou 4,21% arrastando o índice, após notícia que a CPI que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, defendeu indiciamento da empresa por destruição do ambiente, poluição culposa e "responsabilidade penal da pessoa jurídica".

- BRF caiu 3,49%, com movimentos de realização de lucros, após a ação fechar com a maior alta desde julho de 2018 na véspera (+8,67%), em meio a expectativas positivas para a demanda externa com o surto de febre suína africana na China e fundamentos cíclicos positivos. A companhia também negou ter recebido ofertas por ativos no Oriente Médio.

- GERDAU PN recuou 2,59%, em sessão negativa para o setor siderúrgico. CSN recuou 3,3% e USIMINAS PNA cedeu 1,13%.

- SUZANO perdeu 1,81%, com nova queda de preços de celulose na China mantendo a pressão de curto prazo nos papéis da companhia.

- VIA VAREJO avançou 6,45%, maior alta do índice, após o acionista Michael Klein retomar o controle da companhia e assumir o conselho de administração da rede de móveis e eletrodomésticos. No setor, MAGAZINE LUIZA ganhou 1,08% e B2W caiu 0,53%.

- LIGHT, que não está no Ibovespa, recuou 2,07%, após divulgar que aprovou a realização de uma oferta pública primária e secundária de 111,1 milhões de ações ordinárias. CEMIG, que deve vender, inicialmente, 11,1 milhões de ações na operação, cedeu 1,74%.

- SUL AMÉRICA saltou 4,23% após divulgar que recebeu oferta não vinculante da Allianz para comprar sua operação de automóveis e ramos elementares, e, que isso pode resultar na concentração de suas operações em saúde, odontologia, vida, previdência e gestão de ativos.

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