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Ibovespa recua com pressão externa, mas bancos limitam perdas

29 set 2022 - 17h53
(atualizado às 18h41)
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O Ibovespa reduziu perdas no final do pregão desta quinta-feira, com melhora especialmente nas ações de bancos, enquanto os principais índices em Wall Street e na Europa marcaram forte queda diária diante dos temores de recessão econômica.

Na cena local, investidores seguiram atentos à reta final da campanha eleitoral.

Itaú Unibanco, Bradesco e Itaúsa foram as maiores contribuições positivas ao índice, enquanto B3 e Hapvida foram as principais pressões negativas.

O Ibovespa caiu 0,73% a 107.664,35 pontos. Na mínima, o índice cedeu a 106.243,52 pontos, enquanto na máxima foi a 108.448,54 pontos. O volume financeiro somava 28,2 bilhões de reais.

"Hoje o efeito (no Ibovespa) é muito mais do exterior, até mesmo porque os ativos de crescimento estão caindo muito mais", disse Rodrigo Crespi, analista de ações da Guide Investimentos. Ele citou preocupações com relação aos juros nos Estados Unidos e Europa e quanto à guerra na Ucrânia.

Em Wall Street, o Nasdaq e o S&P 500, índices que têm mais ações de crescimento, como de empresas de tecnologia, caíram 2,8% e 2,1%, respectivamente, enquanto o Dow Jones recuou 1,5%. O pan-europeu STOXX 600 reduziu 1,7%.

No Brasil, há o debate entre os candidatos à Presidência promovido pela TV Globo à noite. Antes, a divulgação de nova pesquisa Datafolha, que deverá trazer mais pistas sobre as chances de Lula encerrar a disputa no domingo, após levantamentos de outros institutos no início da semana apontarem essa possibilidade.

A pressão no Ibovespa foi acompanhada da desvalorização do real ante o dólar, mas ocorreu apesar da queda na grande parte dos contratos de juros futuros locais, em meio a declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e alguns dados positivos, como uma deflação no IGP-M maior que a esperada em setembro e um saldo de criação de vagas de trabalho formais em agosto acima da projetada por economistas.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,5%, a 27,93 reais, após quatro sessões seguidas de queda. BRADESCO PN subiu 0,8%, SANTANDER BRASIL UNIT fechou estável e BANCO DO BRASIL ON caiu 0,5%. Ainda no setor financeiro, B3 ON caiu 2%.

- PETROBRAS PN ganhou 0,1%, a 29,31 reais, mesmo com a queda leve nos preços do petróleo Brent, que teve sessão volátil à medida que os traders pesaram os efeitos de um cenário econômico mais negativo com o impacto de potenciais cortes de produção pela Opep+ na próxima semana. PRIO ON diminuiu 2,4% e 3R PETROLEUM ON reduziu 1,9%.

- VALE ON fechou em alta de 0,1%, a 68,43 reais. O minério de ferro subiu na Ásia, com o contrato de referência de Dalian atingindo uma máxima de duas semanas, sustentado pelo aumento da atividade de construção na China, maior produtora mundial de aço, e pelas políticas de apoio ao setor.

- AZUL PN desabou 8,8%, a 14,42 reais, enquanto GOL PN caiu 8,2%, a 8,65 reais, uma vez que a alta do dólar frente ao real impacta os custos das companhias aéreas.

- REDE D'OR ON registrou perda de 3,1%, a 29,85 reais, a quinta seguida. Analistas do Itaú BBA reduziram as projeções de lucro do grupo de hospitais em 2022 e 2023, com perspectivas de menor tíquete médio e redução mais gradual de custos. No setor, HAPVIDA ON recuou 3,5%.

- VIA ON caiu 6,4%, MAGAZINE LUIZA ON desvalorizou 6,5% e AMERICANAS ON cedeu 7,4%.

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