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Ibovespa recua após recorde na véspera, de olho em política

11 out 2017 - 17h41
(atualizado às 17h50)
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O principal índice da bolsa paulista fechou em queda modesta nesta quarta-feira, com investidores preferindo a cautela após nova máxima de fechamento na véspera e de olho no cenário político, antes do feriado.

O Ibovespa fechou em queda de 0,31 por cento, a 76.659 pontos. O volume financeiro do pregão foi de 10,24 bilhões de reais.

O front político segue promovendo reações diferentes nos investidores, que adotam cautela enquanto a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer não é concluída, embora exista um bom humor diante da visão de que a denúncia será rejeitada e com a renovada expectativa por algum avanço na agenda de reformas. A previsão é que a votação tenha início em 17 de outubro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

No entanto, causando alguma cautela estava a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ameaçou devolver as medidas provisórias sem urgência enviadas pelo governo, após encerrar sessão de votação de MP sobre acordos de leniências com o Banco Central por falta de quórum.

"Ainda tem incerteza, não dá para saber se vamos conseguir passar, pelo menos, uma mini reforma da Previdência. Depois das altas (do Ibovespa) recentes, na véspera de um feriado, é normal adotar alguma cautela para ver o que vai acontecer", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

Nos exterior, a ata da mais recente reunião do Federal Reserve mostrou que os membros do banco central dos Estados Unidos estavam divididos sobre a aceleração da inflação no mês passado e a trajetória de futuras altas dos juros se os preços não subirem mais. O documento não trouxe novidades suficientes para mudar as apostas de que uma nova alta de juros nos EUA pode vir em dezembro.

DESTAQUES

Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo
Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo
Foto: Reuters

- KROTON ON caiu 5,72 por cento, liderando as perdas do índice, após a empresa divulgar mais cedo que a base total de alunos caiu 1 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado e aumento na taxa de evasão. ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON recuou 3,68 por cento.

- VALE ON perdeu 0,7 por cento, em mais uma sessão de baixa para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN recuou 0,68 por cento e PETROBRAS ON teve queda de 0,48 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional, que fecharam no azul após uma sessão volátil. Também no radar estava a avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que viu como complexa a compra pelo grupo mexicano Petrotemex da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), ativos da Petrobras, e pediu estudos.

- FIBRIA ON avançou 4,29 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa. SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA teve alta de 1,75 por cento e KLABIN UNIT ganhou 1,37 por cento, diante da visão otimista de analistas para o setor de papel e celulose.

A equipe do BTG Pactual elevou o preço-alvo das ações da Fibria para 60 reais, ante 45 reais, mantendo a recomendação de compra. No caso da Suzano, o preço-alvo para 26 reais, ante 23 reais, e a recomendação também segue de compra. Já para a Klabin, a recomendação é neutra, e o preço-alvo subiu para 21 reais, ante 19 reais.

- CESP PNB, que não faz parte do Ibovespa, ganhou 2,49 por cento, após a Reuters informar que o governo federal avalia um acordo com o Estado de São Paulo para que concessões de hidrelétricas da Cesp possam ser renovadas no futuro, o que poderia intensificar o apetite de investidores pela privatização da empresa.

- OI ON teve alta de 2,8 por cento e OI PN avançou 8,02 por cento, diante da expectativa pelo plano de reestruturação da empresa. Na véspera, a Advogada-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, disse que o governo federal vai analisar todos os cenários, desde que tenham sustentação jurídica, para tentar buscar uma solução para a dívida bilionária da Oi. Os papéis não fazem parte do Ibovespa.

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