Ibovespa reage e fecha acima de 154 mil pontos, ampliando série histórica de altas
O Ibovespa reagiu e cravou o 13º pregão seguido no azul nesta sexta-feira, renovando máxima de fechamento acima de 154 mil pontos pela primeira vez, sustentado por Petrobras, que teve resultado trimestral robusto e anúncdeiou R$12,16 bilhões em dividendos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,47%, a 154.063,53 pontos, e fechou perto da máxima do dia, de 154.065,76 pontos. Na mínima da sessão, recuou a 152.367,52 pontos.
Com tal desempenho, o Ibovespa registra a maior sequência de ganhos desde a série de 15 altas entre maio e junho de 1994.
Na semana, o Ibovespa avançou 3,02%, ampliando a valorização em 2025 para 28,08%.
O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$24,15 bilhões.
Na visão do sócio da ONE Investimentos Pedro Moreira, a bolsa brasileira pode experimentar um "rali" no final do ano.
"Temos um momento bem positivo para o Brasil, com o país discutindo as relações tarifárias com os Estados Unidos e caminhando até para um possível acordo. Um cenário totalmente diferente do que a gente viu meses atrás", afirmou.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN titubeou na abertura, mas fechou em alta de 3,77%, enquanto PETROBRAS ON saltou 4,83%, em dia de repercussão do balanço do terceiro trimestre, além de anúncio de R$12,16 bilhões em dividendos. Os papéis ganharam fôlego durante a teleconferência da empresa com analistas, o que, na visão do Itaú BBA, pode ser explicado pelo fato de que o desempenho operacional acima do esperado compensou o aumento do capex e manteve o dividend yield inalterado no terceiro trimestre -- para investidores com foco de curto prazo -- e aumentou a confiança na execução dos projetos de E&P e no consequente crescimento da produção e geração de caixa no médio e longo prazo -- para investidores com foco de longo prazo.
- MBRF ON avançou 5,86%, tendo como pano de fundo notícia de que a China suspendeu a proibição de importações aplicada devido ao surto de gripe aviária no Brasil.
- VALE ON recuou 1,1%, enfraquecida pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 1,87%, para 760,5 iuanes (US$106,77) a tonelada. Na semana, o contrato acumulou queda de 3,95%.
- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,1%, com o setor se recuperando durante o pregão. BRADESCO PN avançou 0,11%, BANCO DO BRASIL ON ganhou 0,13% e SANTANDER BRASIL UNIT encerrou com alta de 0,56%.
- SLC AGRÍCOLA ON avançou 4,16%, após a produtora de grãos e oleaginosas do Brasil anunciar acordos com fundos do BTG Pactual, que envolverão aportes de cerca de R$1 bilhão, dando fôlego para a companhia realizar investimentos, especialmente em irrigação.
- FLEURY ON valorizou-se 3,97%, após o balanço mostrar crescimento de dois dígitos nas receitas no terceiro trimestre, beneficiado, entre outros fatores, por aquisições, que permanecem na estratégia de expansão da companhia de medicina diagnóstica.
- EMBRAER ON subiu 1,24%, após o conselho de administração da fabricante de aviões aprovar juros sobre capital próprio. JPMorgan e BTG Pactual elevaram os respectivos preços-alvo para os ADRs da empresa a US$80 e US$79, respectivamente, de US$79 e US$75 antes, reiterando compra.
- COGNA ON caiu 6,93%, mesmo após reportar lucro líquido de R$191,6 milhões, revertendo prejuízo do mesmo período do ano passado, em resultado marcado por expansão de receitas e queda no endividamento, mas com aumento em provisões. Mesmo com a queda, a ação ainda sobe 228,86% em 2025.
- PETRORECONCAVO ON caiu 6,39%, após reportar lucro líquido de R$122 milhões no terceiro trimestre, queda de 23% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A petrolífera também divulgou produção 24.882 barris equivalentes por dia em outubro.
- LOJAS RENNER ON recuou 4,19%, após balanço do terceiro trimestre, que mostrou lucro líquido de R$279,4 milhões, um crescimento de 9,4% sobre o resultado obtido um ano antes. No setor, C&A MODAS ON avançou 1,16%.
- ALPARGATAS PN, que não faz parte do Ibovespa, disparou 10,94%, tocando máximas desde fevereiro de 2023, após forte expansão de Ebitda e margem no terceiro trimestre, bem como anúncio de que não exercerá a opção de compra de participação adicional na Rothy's.