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Ibovespa firma-se no azul com expectativas eleitorais e cena externa favorável

18 set 2018 - 11h46
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A bolsa paulista firmava-se em alta manhã desta terça-feira, tendo de pano de fundo um quadro relativamente positivo no exterior e com a corrida presidencial no país sob os holofotes, particularmente as pesquisas eleitorais.

Bolsa de Nova York (NYSE), nos EUA 18/09/2018 REUTERS/Brendan McDermid
Bolsa de Nova York (NYSE), nos EUA 18/09/2018 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

Às 11:22, o Ibovespa subia 0,73 por cento, a 77.353,18 pontos. O volume financeiro somava 2,65 bilhões de reais.

No cenário político, a equipe da corretora Spinelli destacou a pesquisa Ibope, que tem divulgação prevista para a noite desta terça-feira, com as atenções voltadas para o desempenho do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que vem liderando as pesquisas mais recentes.

"Com incredulidade de melhora em Alckmin (Geraldo Alckmin, do PSDB), mercado aposta em Bolsonaro para evitar novo governo petista e não compra Ciro Gomes (PDT) pelo seu discurso agressivo com o mercado financeiro", afirmou a equipe da corretora em nota a clientes.

A Brasil Plural também observou que as últimas pesquisas mostraram crescimento consistente de Bolsonaro entre eleitores tradicionais do PSDB, enquanto Fernando Haddad (PT) se beneficia com a transferência dos votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem espaço para seguir sua trajetória de alta.

No exterior, o embate comercial entre Estados Unidos e China repercutia, com o presidente norte-americano anunciando na véspera que irá impor tarifas de 10 por cento sobre cerca de 200 bilhões de dólares em produtos chineses.

A notícia não foi vista de forma positiva por analistas e a China já anunciou novas tarifas também, mas, como destacou a equipe da Ágora, os investidores já tinham precificado o anúncio norte-americano.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha acréscimo de 0,35 por cento. O dólar também mostrava fraqueza ante uma cesta de moedas.

DESTAQUES

- VALE valorizava-se 2,33 por cento, principal contribuição positiva para o Ibovespa. No mês, a ação da mineradora já acumula alta de 5 por cento. BRADESPAR PN, que concentra investimentos na Vale, tinha elevação de 1,42 por cento.

- PETROBRAS PN subia 1,7 por cento, na esteira do avanço do petróleo no exterior, enquanto o papel também segue influenciado por apostas sobre o desfecho da corrida eleitoral.

- BRADESCO PN tinha acréscimo de 0,2 por cento, mas ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,37 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL subia 2 por cento e SANTANDER BRASIL avançava 1,7 por cento.

- VIA VAREJO UNIT ganhava 4 por cento, ainda tendo como pano de fundo operações ligadas à conversão dos papéis em ações ordinárias no âmbito da migração da dona das redes Ponto Frio e Casas Bahia para o Novo Mercado.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE perdia 1,65 por cento, tendo no radar a precificação na véspera da captação de um bilhão de dólares em bônus no mercado internacional, como parte dos esforços para pagar a compra da rival Fibria.

- NATURA cedia 1,32 por cento. A fabricante brasileira de cosméticos afirmou no final da segunda-feira que "não existem negociações em curso sobre possível aquisição da Avon", após o norte-americano Wall Street Journal noticiar que a Natura procurou recentemente a Avon.

- IMC, que não está no Ibovespa, caía 9,75 por cento, após o conselho de administração rescindir o acordo de fusão com a Sapore depois de realizada auditoria, que segundo a empresa, apontou que as condições suspensivas previstas no acordo não foram implementadas.

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