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Ibovespa fecha em queda de 1,5% com piora em NY

27 mar 2018 - 18h09
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O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta terça-feira, pressionado por fortes baixas em Wall Street e persistente saída de recursos de investidores estrangeiros, em sessão com noticiário corporativo doméstico também sob os holofotes.

O Ibovespa caiu 1,5 por cento, a 83.808 pontos. O volume financeiro somou 9,5 bilhões de reais.

As bolsas em Nova York pioraram na parte da tarde, mais uma vez pressionadas pelo setor de tecnologia, com o S&P 500 encerrando em baixa de 1,7 por cento. Com isso, o pregão local que já vinha mostrando fraqueza desde cedo aprofundou a queda.

A bolsa brasileira também segue registrando saída de estrangeiros, com o saldo acumulado no ano passando para terreno negativo no último dia 23, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela B3.

Após entrada líquida de 9,5 bilhões de reais em janeiro, o saldo de capital externo no segmento Bovespa da B3 ficou negativo em 4,2 bilhões em fevereiro e em 5,47 bilhões negativos em março, contabilizando saída líquida no ano de 152,5 milhões de reais.

"Falta algo novo, que traga mais certeza para o mercado quanto aos próximos meses... Na falta disso, ficamos à mercê de uma bolsa com ativos que estão longe de preços confortáveis para aquisição", disse o chefe da mesa de renda variável da CM Capital Markets, Fabio Carvalho.

DESTAQUES

- VIA VAREJO UNIT e GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PN subiram 5,10 e 3,18 por cento, respectivamente, liderando os ganhos do Ibovespa, após notícias de que a norte-americana Amazon.com e o francês Casino, que controla ambas as empresas brasileiras, estão em negociações para uma parceria no Brasil ou para a venda da Via Varejo.

- SABESP ON desabou 8,62 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) propor reajuste tarifário de 4,7744 por cento, em sua nota técnica preliminar da segunda revisão tarifária. A proposta entra agora em período de consulta e de audiência pública, que vai até 17 de abril. A empresa também divulga balanço ainda nesta terça-feira.

- MARFRIG ON recuou 4,58 por cento, também entre as maiores quedas. A empresa divulga balanço trimestral ainda nesta terça-feira. Profissionais da área de renda variável citaram efeito de saída de estrangeiros do setor de carnes e também a possibilidade da ação não integrar mais o Ibovespa na próxima carteira do índice, que terá sua primeira prévia divulgada na próxima semana.

- VALE ON cedeu 2,71 por cento, apesar da alta dos preços do minério de ferro à vista, o que pesou negativamente sobre o índice.

- CSN ON caiu 1,98 por cento, contaminada pelo viés negativo no mercado. Mais cedo, a empresa informou que pretende fazer venda de ativos de até 3 bilhões de reais, mas não especificou quais. Analistas também viram com preocupação o aumento da alavancagem da companhia no quarto trimestre ante os três meses anteriores.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuaram 3,92 e 2,55 por cento, respectivamente. A estatal de energia divulgou prejuízo líquido de 3,998 bilhões de reais no quarto trimestre de 2017, ante prejuízo líquido de 6,258 bilhões em igual período de 2016, quando o balanço foi prejudicado por pesadas provisões e baixas contábeis.

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