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Ibovespa fecha em queda contaminado por declínio em Wall Street; bancos pesam

1 out 2019 - 17h10
(atualizado às 17h49)
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O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com ações de bancos entre as maiores pressões de baixa no primeiro pregão de outubro, tendo de pano de fundo um viés negativo em Wall Street por preocupações com a saúde da economia norte-americana.

Tela com cotações do Ibovespa, na B3, São Paulo. 25/07/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Tela com cotações do Ibovespa, na B3, São Paulo. 25/07/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,66%, a 104.053,40 pontos. O declínio veio após alta de 3,57% em setembro, que elevou o ganho em 2019 a 19,2%. O giro financeiro do pregão somou 14,2 bilhões de reais.

Em Nova York, o S&P 500 cedeu 1,22%, após dados mostrarem que a atividade fabril nos Estados Unidos contraiu em setembro, com o índice do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM) na mínima em 10 anos. Isso endossou receios sobre o efeito do embate comercial EUA-China na maior economia do mundo.

Investidores também seguiram monitorando com cautela os potenciais desdobramentos do processo de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump.

"Basicamente estamos sofrendo influência de Wall Street, embora o câmbio esteja bem comportado", afirmou o gestor Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital. "As questões políticas nos EUA relacionadas a Trump não ajudam, e ainda se misturam com dúvidas sobre a disputa comercial com a China."

Estratégias de ações para outubro compiladas pela Reuters mostraram expectativa de que os juros baixos no Brasil e no exterior tendem a beneficiar o Ibovespa, mas com manutenção de volatilidade, em função principalmente das incertezas do quadro internacional.

Roger avaliou que as notícias domésticas foram favoráveis. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou parecer do relator e concluiu a análise da proposta, que deve ser votada em primeiro turno no plenário ainda nesta terça-feira.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,26%, em sessão negativa para o setor, com BRADESCO PN recuando 1,36%, BANCO DO BRASIL cedendo 1,19%. SANTANDER BRASIL perdeu 0,44%. BTG PACTUAL recuou 1,28%.

- MULTIPLAN ON recuou 2,58%, com o setor de shopping centers em baixa. IGUATEMI ON caiu 1,22% e BRMALLS ON fechou com queda de 1,39%. No mês passado, esses papéis acumularam altas respectivas de 11%, 3% e 7%.

- YDUQS ON recuou 2,3%, entre as maiores quedas do Ibovespa, em meio a ajustes, após o papel fechar setembro com ganho acumulado de 14,7%. KROTON ON, que subiu 10,9% no mês passado, encerrou a sessão em baixa de 0,63%.

- BRF caiu 0,55%, após nova fase da operação Carne Fraca, com colaboração da BRF, que entregou documentos ao Ministério Público Federal mostrando que fiscais federais recebiam pagamentos indevidos para favorecer interesses da empresa. No setor, JBS ON teve acréscimo de 0,49% e MARFRIG ON saltou 5,72%. MINERVA subiu 1,6 por cento. Após o fechamento do pregão, emprega divulgou acordo preliminar para joint venture na China.

- MRV ON subiu 1,81%. A Safra Corretora incluiu a ação na carteira recomendada para o mês, com visão positiva para a construção civil. "A MRV ainda é nossa empresa preferida no segmento, especialmente considerando seu histórico de resultados positivos e maior exposição a classes de baixa renda."

- PETROBRAS PN teve decréscimo de 0,15% e PETROBRAS ON cedeu 0,56%, conforme o petróleo perdeu fôlego e fechou em queda.

- VALE ON caiu 0,08%. A mineradora divulgou que recebeu 82 declarações de condição de estabilidade para estruturas que recebem rejeitos de mineração. Mas suas barragens a montante, cujas áreas ao redor já haviam sido desocupadas, permaneceram sem a declaração necessária.

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