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Ibovespa fecha em queda com exterior em meio a cautela antes de Fed

17 dez 2018 - 18h27
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A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda de mais de 1 por cento nesta segunda-feira, pressionada sobretudo por ações de bancos, tendo de pano de fundo o viés negativo no exterior, onde a cautela prevaleceu antes da última reunião de política monetária do banco central dos EUA.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,2 por cento, a 86.399,68 pontos.

O volume financeiro da sessão somou 17,85 bilhões de reais, ampliado pelo exercício de opções sobre ações, que movimentou 6,1 bilhões de reais.

Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 tinham quedas expressivas, com um prognóstico de que as ações nos Estados Unidos estão em 'bear market' (viés de baixa) de longo prazo acentuando vendas em um ambiente já cauteloso antes da reunião do Federal Reserve.

Em entrevista à rede norte-americana CNBC, Jeffrey Gundlach, presidente-executivo da DoubleLine Capital e conhecido em Wall Street como 'o rei dos bônus', afirmou que o S&P 500 está no caminho de novas baixas e que as ações nos EUA estão em um 'bear market' de longo prazo.

Segundo profissionais da área de renda variável, os mercados globais refletem receios com o ritmo da economia mundial e a sinalização do Fed será amplamente monitorada, pois deve dar pistas sobre o ritmo da normalização das taxas de juros nos EUA.

No Brasil, os fortes ganhos verificados em 2018 abrem espaço para movimentos de realização de lucros, tendo como pano de fundo também alguma precaução com o novo governo que assume o país sob o comando do presidente eleito Jair Bolsonaro.

"Investidores estão sem novo motivo para manter as compras nesse final de ano e alguns começam a desmontar posições ou realizar os lucros - hoje especialmente em papéis de bancos", avaliou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 2,67 por cento e Bradesco PN recuou 1,95 por cento, ambos respondendo pelos maiores pesos negativos no Ibovespa. No ano, as ações ainda sobem 30 e 24 por cento, respectivamente.

- B3 recuou 2 por cento, após a operadora da bolsa paulista divulgar estimativas para 2019, incluindo a de investimento de 250 milhões a 280 milhões de reais e a de despesas ajustadas de 1,03 bilhão a 1,08 bilhão.

- JBS caiu 1,5 por cento, com o cenário externo adverso também abrindo espaço para realização de lucros nos papéis, que acumulam em 2018 valorização de mais de 20 por cento. No setor, MARFRIG recuou 3,3 por cento e BRF fechou estável.

- PETROBRAS PN cedeu 0,8 por cento, sucumbindo ao declínio dos preços do petróleo no exterior. Ainda, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a discussão sobre a cessão onerosa será retomada em 2019, com repartição de recursos com Estados e municípios.

- VALE avançou 0,73 por cento, atuando como contrapeso às vendas, em linha com o movimento de mineradoras na Europa, além da alta dos futuros de minério de ferro na China. Siderúrgicas também subiram, com USIMINAS PNA à frente, em alta de 4,4 por cento.

- EMBRAER subiu 2,5 por cento, após aprovar com a Boeing os termos da venda do controle de sua divisão de aviação comercial para o grupo norte-americano.

- SMILES subiu 2,5 por cento, após sua controladora Gol rever o plano de incorporação da companhia de programas de fidelidade. GOL chegou a cair quase 5 por cento, mas fechou em alta de 0,17 por cento, ainda apoiada no fim do limite de participação estrangeira em aéreas no Brasil.

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