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Ibovespa fecha em queda com expectativas sobre Previdência e sem rumo de exterior

10 abr 2019 - 17h12
(atualizado às 17h45)
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A bolsa paulista encerrou em queda nesta quarta-feira, depois de oscilar entre altas e baixas durante a sessão, com agentes do mercado aguardando novidades em relação à reforma da Previdência após parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na véspera após o fechamento do mercado.

Bolsa de Valores de São Paulo
24/08/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
Bolsa de Valores de São Paulo 24/08/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,35 por cento, a 95.953,45 pontos. O giro financeiro somou 14,3 bilhões de reais.

Para o analista Thiago Salomão, da Rico Investimentos, o mercado deve ficar sem rumo definido no curto prazo, em um movimento de cautela antes de definições mais concretas sobre a Previdência.

"Observamos uma volatilidade muito grande no Ibovespa nos últimos dias decorrente de especulações sobre a reforma. A falta de notícias do dia deixa o mercado sem uma direção certa e a cautela acaba falando mais alto", afirmou.

O relator da reforma da Previdência na CCJ, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentou na terça-feira parecer pela admissibilidade da proposta, mas recomendou que sejam feitos ajustes e pediu que o mérito seja analisado com profundidade para verificar a conveniência e a justiça das novas regras.

Nesta quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou estar otimista quanto à aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso de um texto que gere economia de 1 trilhão de reais em dez anos, acrescentando que os parlamentares poderão fazer cortes no texto.

Do front externo, os principais índices acionários de Wall Street encerraram sem uma direção única, na esteira de dados benignos de inflação dos Estados Unidos e após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve em linha com as expectativas do mercado.

DESTAQUES

- CSN perdeu 3,65 por cento, em meio a ajustes conforme o papel acumulava até a véspera valorização de 89 por cento no ano. O grupo siderúrgico e de mineração anunciou nesta quarta-feira que voltou ao mercado de crédito com emissão de 1 bilhão de dólares em duas partes, em estratégia para alongar vencimentos de dívida, informou o IFR.

- SUZANO caiu 3,51 por cento, mantendo-se entre as maiores quedas do Ibovespa ao registrar seu menor valor de fechamento desde 17 de janeiro. Na semana passada, analistas Credit Suisse cortaram a recomendação para as ações da Suzano e Klabin para 'neutra', bem como reduziram os respectivos preços-alvos para 53 e 18 reais, citando visão mais cautelosa com a demanda chinesa por celulose. KLABIN recuou 2,66 por cento, em seu menor patamar de encerramento desde 2 de janeiro.

- PETROBRAS PN desvalorizou-se 1,3 por cento e PETROBRAS ON caiu 0,55 por cento, apesar do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ter aprovado na véspera após fechamento dos mercados valor de 9,058 bilhões de dólares a ser pago à estatal como parte da conclusão da renegociação do contrato da cessão onerosa. A Petrobras está preparando a venda de mais três gasodutos depois de levantar 8,6 bilhões de dólares com o repasse do controle da TAG à francesa Engie, disseram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

- CEMIG PN subiu 4,26 por cento, tendo de pano de fundo noticiário de que sua controlada Renova Energia fechou acordo com a AES Tietê para venda da totalidade do Complexo Eólico Alto Sertão III. O JPMorgan elevou a recomendação das ações da Cemig para 'overweight', com preço-alvo de 16 reais.

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