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Ibovespa fecha em queda após euforia da véspera, com exterior negativo e de olho em balanços

9 nov 2017 - 18h42
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O principal índice da B3 fechou em queda nesta quinta-feira, com o cenário mais negativo em Wall Street motivando ajustes de preços, em dia de agenda intensa de balanços e com investidores ainda de olho na cena política, após a retomada da expectativa por algum avanço da reforma da Previdência.

O Ibovespa fechou em queda de 1,93 por cento, a 72.930 pontos, após ter caído 2,11 por cento na mínima do dia. O giro financeiro do pregão foi de 9,13 bilhões de reais.

No exterior, os principais índices acionários dos Estados Unidos caíam, pressionados pelo aumento nas preocupações com o atraso nos planos de reforma tributária. O S&P 500 caía cerca de 0,5 por cento.

"O atraso em si pode até ser visto como positivo para os mercados emergentes, mas o mau humor do mercado acabou pesando aqui", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

Localmente, após a euforia da véspera, quando o Ibovespa subiu 2,69 por cento, a cautela voltou a rondar os negócios, com investidores monitorando as articulações do governo para conseguir emplacar a votação da reforma da Previdência ainda este ano e também na expectativa pelo texto final da proposta.

"Ontem, a possibilidade (de avançar a proposta) voltou à mesa e o mercado reagiu bem, mas o recado também é claro: não pode deixar morrer o assunto senão devolve todo o ganho", disse Moniz.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON caiu 4,93 por cento e ELETROBRAS PNB teve queda de 5,36 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, com os papéis pressionados após o BNDES divulgar pela manhã as regras básicas para o leilão de privatização de seis distribuidoras de eletricidade da estatal, prevendo ajustes financeiros para acomodar uma dívida de quase 21 bilhões de reais.

- ULTRAPAR ON perdeu 4 por cento, após o balanço do terceiro trimestre mostrar alta de 46 por cento no lucro líquido, para 556 milhões de reais. Para analistas do Credit Suisse, o impulsos no lucro já era esperados, como aumento nos volumes de combustível e margens de distribuição, impulsionadas por ganhos extraordinários de estoque. Ainda na visão do banco, embora o resultado traga os primeiros sinais de uma recuperação, deve levar a revisões para baixo das metas de crescimento da empresa para o ano.

- BANCO DO BRASIL ON teve baixa de 2,57 por cento, após reportar seus resultados do terceiro trimestre que, segundo analistas do Morgan Stanley, mostraram resultado operacional fraco, apesar do lucro líquido ajustado de 2,708 bilhões de reais ter ficado 8 por cento acima da estimativa da equipe do Morgan.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,7 por cento e BRADESCO PN perdeu 3,62 por cento, ajudando a pressionar o índice devido ao peso em sua composição.

- BRASKEM PNA recuou 1,81 por cento, após seu balanço do terceiro trimestre apontar queda de 7 por cento no lucro líquido consolidado ante igual período do ano passado, para 764 milhões de reais.

- PETROBRAS PN caiu 1,36 por cento e PETROBRAS ON recuou 1,35 por cento, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. - VALE ON caiu 3,36 por cento, em sessão de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- FIBRIA ON subiu 5,25 por cento, SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA teve alta de 5,18 por cento e KLABIN UNIT avançou 2,26 por cento, entre os destaques positivos do índice. A BB Investimentos comentou em relatório que as pressões esperadas sobre os preços de celulose para o final deste ano se dissiparam.

- CARREFOUR BRASIL ON caiu 4,81 por cento, após os resultados do terceiro trimestre que, segundo analistas do JP Morgan mostraram números mistos, com destaque positivo para os números do Atacadão, enquanto a surpresa negativa ficou foi o desempenho das operações de varejo com o Ebitda recorrente caindo 30 por cento ano a ano.

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