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Ibovespa fecha em baixa pressionado por Wall Street

23 mar 2018 - 17h42
(atualizado às 18h24)
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O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta sexta-feira, após sessão volátil, com fortes perdas em Wall Street novamente minando o pregão local, conforme persistem os temores de guerra comercial entre as principais economias do mundo.

Pessoas olham para gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, no centro de São Paulo, Brasil
09/05/2016
 REUTERS/Paulo Whitaker
Pessoas olham para gráfico de flutuações do mercado na Bovespa, no centro de São Paulo, Brasil 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa encerrou em baixa de 0,46 por cento, a 84.377 pontos. O volume financeiro somou 10,2 bilhões de reais. Na semana, o índice contabilizou um decréscimo de 0,6 por cento.

Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam com recuos razoáveis novamente, diante de persistentes temores do conflito comercial entre Estados Unidos e China. O S&P 500 recuou 2 por cento.

O governo norte-americano anunciou na véspera intenção de taxar cerca de 60 bilhões de dólares em importações chinesas, entre outras medidas, e a China anunciou durante a madrugada que irá adotar medidas de reciprocidade.

Apesar do quadro externo desfavorável, a expectativa de recuperação da economia brasileira e o patamar recorde de baixa da taxa básica de juros no país, entre outros fatores, seguem alimentando visões positivas para a bolsa local.

Nem a forte saída de capital externo do segmento Bovespa desde o final de janeiro esfriou os ânimos.

"O fundamento ainda é bom, enxergamos mais como uma oportunidade de compra do que início de correção maior", afirmou o diretor da área de renda variável do Credit Suisse para a América Latina, Emerson Leite.

DESTAQUES

- ESTÁCIO ON e KROTON ON perderam 3,86 e 3,50 por cento, respectivamente, na ponta negativa do Ibovespa, contaminadas pelo resultado da rival Ser Educacional, considerado fraco por analistas. SER ON, que não está no Ibovespa, desabou 21,24 por cento.

- B3 caiu 2,12 por cento, também entre as maiores pressões negativas do Ibovespa. A partir de segunda-feira, a ação da empresa passa a ser negociada com o código B3SA3.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,48 por cento e BRADESCO PN avançou 0,68 por cento, limitando as perdas do Ibovespa, dada a relevante fatia que ambos detêm no índice. BANCO DO BRASIL recuou 0,7 por cento e SANTANDER UNIT cedeu 0,62 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 0,14 e 0,34 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo o avanço do petróleo no exterior. Investidores também seguem na expectativa da revisão do contrato da cessão onerosa, assinado em 2010 entre a companhia e o governo.

- SUZANO ON subiu 2,12 por cento, ainda beneficiada pela repercussão positiva do anúncio de fusão com a rival Fibria e anúncios de aumentos de preço da celulose por rivais. No acumulado do ano, a ação acumula valorização de quase 80 por cento.

- TAESA UNIT avançou 2,81 por cento, tendo no radar relatório do UBS na véspera elevando a recomendação das ações da transmissora de energia para "compra", com os analistas enxergando relação risco versus retorno atrativa e dividendos maiores em 2018.

- VALE ON cedeu 0,79 por cento, após os futuros do aço e do minério de ferro na China desabarem em meio à escalada das tensões entre o país asiático e os EUA, além da fraca demanda pelo aço.

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