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Ibovespa fecha em alta puxado por commodities

8 abr 2019 - 17h37
(atualizado às 18h36)
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O Ibovespa fechou em leve alta nesta segunda-feira, tendo trocado de sinal várias vezes durante o pregão, em meio a um clima mais cauteloso em praças acionárias no exterior, mas avanço em preços de commodities, sem novidades sobre a reforma da Previdência.

Homem fotografa painel na Bolsa de Valores de São Paulo
24/08/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
Homem fotografa painel na Bolsa de Valores de São Paulo 24/08/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,27 por cento, a 97.369,29 pontos, após oscilar da mínima de 96.742,91 pontos à máxima de 97.610,25 pontos.

O volume financeiro alcançou 11,97 bilhões de reais, abaixo da média diária do ano de 16,42 bilhões de reais.

Wall Street fechou com variações tímidas, reflexo de posições mais comedidas diante do começo da temporada de balanços corporativos nos EUA, com a queda da Boeing após corte em produção pressionando o Dow Jones.

O petróleo, por sua vez, atingiu máximas de cinco meses por expectativas de que a oferta global fique apertada por conta de conflitos na Líbia, cortes liderados pela Opep e sanções dos EUA sobre Venezuela e Irã.

Também os preços do minério de ferro na China ampliaram um rali rumo a níveis recordes em meio a preocupações sobre o aperto na oferta.

Do panorama doméstico, o primeiro pregão da semana não trouxe novidades relevantes sobre a tramitação da reforma da Previdência, que continua dominando holofotes.

Há expectativas de que o relatório sobre a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma seja apresentado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados nesta terça-feira.

Também no radar estão os movimentos de articulação para a formação da base aliada do governo com vistas para o andamento do texto que muda as regras das aposentadorias.

"A semana começou com a bolsa de lado à espera de novidades sobre a reforma da Previdência, com as atenções voltadas para a sessão na CCJ amanhã", disse o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez, destacando também o volume menor na sessão.

DESTAQUES

- VALE valorizou-se 2,71 por cento, tendo de pano de fundo alta nos preços do minério de ferro na China. Analistas do Bradesco BBI reafirmaram a recomendação 'outperform' para as ações de mineradora, bem como sua preferência pelos papéis no universo de cobertura de matérias-primas na América Latina, enquanto elevaram o preço-alvo para 66 reais. Eles veem o preço do minério de ferro oscilando na faixa de 80 a 100 dólares a tonelada durante 2019. A mineradora também assinou termo de compromisso com a Defensoria Pública de Minas Gerais por meio do qual atingidos pelo rompimento de barragem da companhia em Brumadinho (MG) poderão optar por acordos extrajudiciais para indenizações, individuais ou por núcleo familiar.

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN avançaram 2,15 e 1,63 por cento, respectivamente, após a francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) comprarem 90 por cento de sua unidade Transportadora Associada de Gás (TAG) por 8,6 bilhões de dólares. As ações da petrolífera de controle estatal também tiveram de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no mercado externo e melhora na recomendação dos recibos dos papéis da companhia negociados nos Estados Unidos por analistas do Credit Suisse para 'ouperform'. Também no radar está a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nesta terça-feira, na qual o governo federal prevê acertar os últimos detalhes para o acordo com a Petrobras sobre a chamada cessão onerosa.

- CEMIG PN fechou em alta de 2,14 por cento, em meio a expectativas sobre a privatização da elétrica controlada pelo governo mineiro, após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmar à Bloomberg que um plano para a privatização da companhia será encaminhado à Assembleia Legislativa e poderá ser aprovado ainda neste ano.

- JBS avançou 3,92 por cento, em um contexto benigno para o segmento de carne bovina. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) disse que as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 2,6 por cento no primeiro trimestre ante igual intervalo de 2018, para 405,7 mil toneladas, o melhor desempenho para o período em 12 anos. MARFRIG encerrou o dia em alta de 2,1 por cento.

- B2W caiu 4,98 por cento, em sessão negativa para setor de varejo de modo geral, com VIA VAREJO fechando em baixa de 3,53 por cento e MAGAZINE LUIZA cedendo 1,91 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,61 por cento, pesando do lado negativo dada a fatia relevante que detém no Ibovespa, enquanto BRADESCO PN subiu 0,14 por cento.

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