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Ibovespa fecha em alta novamente guiado por Petrobras, em sessão positiva para emergentes

10 mai 2018 - 17h44
(atualizado às 18h02)
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A bolsa brasileira fechou em alta nesta quinta-feira, novamente guiada pelo avanço das ações da Petrobras, em sessão com o noticiário corporativo intenso e um ambiente mais favorável para mercados emergentes em geral.

Operadores na Bovespa, no centro de São Paulo
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores na Bovespa, no centro de São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 1,89 por cento, a 85.861 pontos. O volume financeiro somou 14,769 bilhões de reais, acima da média diária de 2018, de 11,1 bilhões de reais.

No exterior, o índice MSCI de ações de mercados emergentes avançou mais de 1 por cento, em meio à trégua na valorização global do dólar e no rendimento dos Treasuries, após o índice de preços ao consumidor norte-americano de abril esfriar expectativas de uma aceleração da inflação e uma alta mais rápida dos juros nos Estados Unidos.

Wall Street endossou os ganhos locais, com o S&P 500 fechando em alta de 0,9 por cento.

De acordo com o sócio da gestora Galt Capital, Igor Lima, a alta é bem-vinda, mas tem características técnicas e muito concentrada em alguns papéis, principalmente Petrobras.

"É difícil o Ibovespa avançar muito além dos níveis atuais enquanto a incerteza eleitoral predominar. Essa é uma variável que não existe na maioria dos outros países e com certeza limita nosso potencial de valorização", afirmou o gestor.

Estrategistas do UBS reduziram a classificação do Brasil em seu portfólio para a América Latina de 'overweight' para 'neutra', bem como revisaram o preço-alvo do Ibovespa em dezembro de 2018 para 88.000 pontos ante 94.000 esperados anteriormente.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 5,95 e 3,91 por cento, respectivamente, ainda beneficiadas pela alta dos preços do petróleo e resultado do primeiro trimestre divulgado no começo da semana. A estatal superou a Ambev em valor de mercado nesta sessão, totalizando 358,9 bilhões de reais, contra 342,7 bilhões de reais da fabricante de bebidas. O Bank of America Merrill Lynch elevou a recomedação para as ações da petrolífera para 'compra', bem como aumentou os respectivos preços-alvo.

- GOL PN saltou 7,17 por cento, com o recuo do dólar ante o real amparando uma recuperação do papel. Na véspera, a ação fechou com tombo de quase 10 por cento, pressionada pelo movimento no câmbio e forte alta do petróleo, apesar de um resultado de primeiro trimestre considerado positivo por analistas.

- BRASKEM PNA valorizou-se em 4,59 por cento, revertendo perdas do começo da sessão. A petroquímica divulgou mais cedo balanço do primeiro trimestre, que mostrou lucro líquido de 1,054 bilhão de reais. Executivos reiteraram expectativas para o ano, apesar de citarem terem visto sinais de crescimento abaixo do esperado em alguns setores consumidores de suas resinas.

- VALE avançou 2,29 por cento, tendo como pano de fundo elevação do preço do minério de ferro à vista na China.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN subiram 2,01 e 2,73 por cento, endossando o viés de alta no pregão brasileiro, dada a relevante participação que ambos detêm no Ibovespa.

- BANCO DO BRASIL caiu 3,67 por cento, destoando do setor, tendo no radar balanço do primeiro trimestre, quando interrompeu a sequência de melhora do lucro na comparação trimestral, na esteira da fraqueza continuada do crédito e de resultados mais fracos de tesouraria, enquanto seguiu reduzindo despesas com provisões para inadimplência.

- SABESP recuou 6,08 por cento, após a companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo informar que recebeu autorização da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) para reajustar suas tarifas vigentes em 3,507 por cento.

- EMBRAER fechou em baixa de 2,64 por cento, após ganhos fortes na véspera, tendo como pano de fundo recuo do dólar ante o real, além de notícias como a de que um incidente do início de maio causou danos a trens de pouso e fuselagem do primeiro protótipo do cargueiro KC390 e de que complicações em relação à cisão da companhia estão atrasando o acordo com a norte-americana Boeing.

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