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Ibovespa fecha em alta de mais de 1% com ajuda externa; eleição segue no radar

29 ago 2018 - 17h34
(atualizado às 17h37)
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O principal índice acionário da bolsa paulista fechou em alta de mais de 1 por cento nesta quarta-feira, favorecido pelo ambiente de menor aversão a risco no exterior, embora os negócios sigam suscetíveis a especulações ligadas ao cenário eleitoral.

09/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 1,18 por cento, a 78.388,83 pontos. O volume financeiro, contudo, somou 8,5 bilhões de reais, novamente abaixo da média diária do mês (10,8 bilhões de reais) e do ano (11,4 bilhões de reais).

O desempenho desta quarta-feira ajudou a reduzir as perdas no mês para 1,05 por cento. No ano, o Ibovespa acumula variação positiva de 2,6 por cento.

Em Wall Street, os índices acionários S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas recordes, apoiados principalmente no avanço de ações de tecnologia, mas também refletindo alívio sobre disputas comerciais envolvendo os EUA.

O dólar mais fraco frente a uma cesta de moedas, incluindo o real, embora tenha se valorizado ante várias divisas emergentes, e o aumento dos preços do petróleo na esteira de dados de estoque, corroboraram os ganhos.

Dados da B3 mostram entradas líquidas de estrangeiros no segmento Bovespa, com o saldo acumulado no mês alcançando pouco mais de 3 bilhões de reais.

Alguns profissionais da área de renda variável, contudo, ressaltam que a corrida presidencial no país segue adicionando incertezas, o que deve deixar o mercado mais volátil conforme se aproximam as eleições de outubro.

Na visão do gestor-chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, a bolsa tem espaço para subir, a depender do desempenho dos candidatos com perfil reformista e comprometidos com ajuste fiscal. "Essa será a tônica', disse.

O analista da corretora Lerosa Vitor Suzaki também ressalta a iminência de uma alta de juros nos Estados Unidos no próximo mês como mais um componente de volatilidade, que, dependendo do quadro eleitoral, pode afastar os estrangeiros.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 5,18 e 4,38 por cento, respectivamente, na esteira da alta do petróleo no exterior para as máximas em várias semanas. A petrolífera de controle estatal disse que elevará na quinta-feira o preço da gasolina nas refinarias para o maior nível da era de reajustes diários.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB fecharam com altas de 8,86 e 8,08 por cento, respectivamente, em meio a otimismo com o leilão de três distribuidoras de energia da companhia que atuam no Acre, Roraima e Rondônia, previsto para a quinta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,66 por cento, em sessão positiva para o setor bancário. BRADESCO PN ganhou 1,21 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT fechando com avanço de 3,17 por cento e BANCO DO BRASIL terminando com elevação de 2,27 por cento.

- GOL PN teve ganho de 6,25 por cento, refletindo a queda do dólar ante o real. O papel acumulava até a véspera queda de mais de 20 por cento em agosto. O presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff, disse na véspera que o plano de renovação de frota da companhia envolve 135 aeronaves encomendadas da Boeing até 2027.

- B3 ganhou 2,53 por cento, após perda de 8,8 por cento acumulada no mês até a véspera. O presidente-executivo da operadora B3, Gilson Finkelsztain, afirmou à Reuters que de 15 a 30 companhias brasileiras estão prontas para listarem suas ações na bolsa até o final de 2019, ao mesmo tempo em que a B3 prevê lançar uma série de produtos até o fim do ano.

- SUZANO recuou 2,88 por cento, em dia de queda do setor de papel e celulose, diante da queda do dólar.

- LOCALIZA perdeu 1,61 por cento, após comentário de analistas do Morgan Stanley estimando menor rentabilidade nos resultados de seminovos da empresa de locação e gerenciamento de frota no segundo semestre e em 2019, afirmando que esperariam um melhor ponto de entrada no papel.

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