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Ibovespa descola de NY e sobe 1,80% com cenário eleitoral

17 set 2018 - 18h29
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O mercado acionário brasileiro se descolou das bolsas de Nova York e o Índice Bovespa teve alta de 1,80% nesta segunda-feira, 17, aos 76.788 pontos. Uma interpretação mais otimista das últimas pesquisas eleitorais foi determinante para o sinal positivo das ações, com o investidor enxergando menor chance de vitória de um candidato não reformista na eleição presidencial.

"Apesar do crescimento de Fernando Haddad (PT) ter sido detectado por todas as pesquisas eleitorais desde a oficialização de sua candidatura, houve uma mudança a favor de Jair Bolsonaro (PSL) nas simulações de segundo turno. Se antes ele perdia de todos os outros candidatos, agora ele está em empate técnico com todos", disse um gerente de mesa de uma tradicional corretora. "O mercado queria Alckmin, por considerá-lo reformista, mas diante de sua estagnação, está concedendo o benefício da dúvida a Bolsonaro", concluiu.

A melhora do humor do investidor se refletiu em praticamente todos os setores representados na bolsa, mas principalmente nas blue chips que melhor reproduzem a percepção de risco político. Os papéis do setor financeiro subiram em bloco, com destaque para os do Banco do Brasil, que tiveram ganho de 3,42%. As demais estatais também subiram: Eletrobras ON e PNB ganharam 4,08% e 3,94%, respectivamente; e Petrobras ON e PN subiram 2,14% e 3,25%.

"A alta da bolsa (a despeito das quedas em Nova York) foi gerada por um evento doméstico, com a melhora da colocação do candidato do PSL nas simulações de primeiro e segundo turno. Mas se olharmos o cenário internacional, o cenário não foi tão favorável, com a intensificação da tensão comercial entre Estados Unidos e China", disse Daniel Xavier, economista-chefe do DMI Group.

Na última sexta-feira, o instituto Datafolha havia detectado crescimento de Jair Bolsonaro e de Fernando Haddad. Na simulação de segundo turno, os candidatos do PSL e do PT teriam empate técnico, marcando 41% e 40%. A elevação das intenções de voto nas duas candidaturas continuou a ser detectada por outras pesquisas, sendo a última a CNT/MDA, divulgada hoje pela manhã. O levantamento mostrou Bolsonaro com 39% e Haddad com 35,7% na simulação de segundo turno.

Estadão
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