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Ibovespa descola de NY e fecha em queda com Petrobras e bancos

16 abr 2020 - 17h46
(atualizado às 18h01)
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Descolado de Wall St, o Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, com Petrobras e bancos entre as maiores pressões negativas, após mais uma vez tocar os 80 mil pontos, em meio a contínuas preocupações sobre o efeito do Covid-19 na economia e ruídos no ambiente político-econômico do país.

Operador da Guide Investimentos mostra tela com cotações durante sessão da bolsa de valores de São Paulo 
24/06/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operador da Guide Investimentos mostra tela com cotações durante sessão da bolsa de valores de São Paulo 24/06/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,29%, a 77.811,85 pontos. Na máxima, chegou a subir a 80.167,22 pontos. O volume financeiro somou 21 bilhões de reais.

"Mais um pregão em queda e demonstrando a força de venda presente nesta faixa entre 80 mil e 83 mil pontos, justamente o topo marcado na penúltima semana de março", afirmou o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, citando o patamar como um forte barreira gráfica.

A bolsa paulista fechou com o mercado na expectativa de fala do presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu para essa quinta-feira novas diretrizes para reabrir a economia norte-americana após um isolamento de um mês em reação à pandemia de coronavírus.

Em Wall Street, a sessão trouxe novos dados evidenciando os efeitos da pandemia na economia, mas o desempenho de papéis de tecnologia como Amazon.com e Netflix ajudaram nos ganhos, enquanto investidores aguardam Trump.

Eventos na cena brasileira também ocuparam atenção, como a troca do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele estava em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro por causa da estratégia de combate ao Covid-19.

Ainda em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que não é necessário substituir o projeto de auxílio a Estados e municípios produzido pelos deputados por um de autoria do Senado, alegando que a troca cria um impasse entre as duas Casas.

Na segunda-feira, a Câmara aprovou projeto de compensação a Estados e municípios, um "seguro-receita", pela queda na arrecadação decorrente da crise do coronavírus, proposta que trouxe à tona o embate entre Maia, patrocinador da medida, e a equipe econômica, que a considerou uma "pauta bomba".

DESTAQUES

- ECORODOVIAS caiu 5,33%, com nova queda no tráfego de veículos - de 23,1% no período de 16 de março a 14 de abril em relação ao intervalo de 18 de março e 16 de abril de 2019. CCR ON perdeu 3,99%.

- PETROBRAS PN recuou 4,03%, tendo de pano de fundo perspectivas de menor demanda para combustíveis, o que também tem pesado nos papéis de distribuidoras, como BR DISTRIBUIDORA ON, que fechou em baixa de 4,93%.

- GOL PN perdeu 4,23% e AZUL PN cedeu 3,03%, com o dólar em alta e incertezas ainda presentes sobre a normalização das economias.

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN caíram 2,52% e 2,59%, respectivamente, também pesando no Ibovespa. BANCO DO BRASIL ON, por sua vez, fechou com variação negativa de 2,87%.

- MAGAZINE LUIZA ON subiu 3,92%, com o setor de varejo entre os destaques positivos em meio à liberação de auxílio-emergencial para população, entre outras medidas a fim de estimular a economia.

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