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Ibovespa caminha para pior semana desde 2022 com preocupações sobre fiscal

29 nov 2024 - 12h08
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O Ibovespa mostrava fraqueza nesta sexta-feira, ainda afetado pelas preocupações com o cenário fiscal após decepção de agentes financeiros com medidas fiscais anunciadas pelo governo federal nesta semana.

Na semana, até o momento, o Ibovespa acumula queda de 3,58%, que se confirmada será a maior perda semanal percentual desde dezembro de 2022. No mês, a baixa somava 4,02%.

Por volta de 11h50, o Ibovespa recuava 0,09%, a 124.502,39 pontos, com a alta de 2% das ações da Vale oferecendo um contrapeso relevante, em meio a anúncio de juros sobre capital próprio (JCP) e alta do minério de ferro no exterior.

O volume financeiro no pregão desta sexta-feira, quando Wall Street terá sessão reduzida, somava 9,91 bilhões de reais.

Em relatório enviado a clientes mais cedo, a equipe da XP reforçou que, mesmo sob as regras propostas no pacote de revisão de gastos detalhado na véspera, a sustentabilidade do arcabouço fiscal enfrentará desafios nos próximos anos.

O dólar também continuava avançando ante o real neste pregão, renovando máximas históricas, assim como as taxas dos contratos de DI.

Nos Estados Unidos, as bolsas tinham um viés positivo na volta do feriado, em sessão que terá duração mais curta, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano eram negociados em baixa.

DESTAQUES

- LOCALIZA ON desabava 6,1%, afetada pelo avanço nas taxas dos DIs e perspectivas de taxas de juros mais elevadas por mais tempo no Brasil.

- MRV&CO ON recuava 4,34%, com o setor ainda pressionado pelo movimento de alta na curva de juros, ampliando a queda na semana para mais de 20%. Das construtoras no Ibovespa, EZTEC ON perdia 2,8% e CYRELA ON caía 2,87%. O índice do setor imobiliário registrava um declínio de 3%.

- ALLOS ON cedia 3,42%, tendo também como pano de fundo relatório do JPMorgan cortando a recomendações da ação, assim como dos papéis de Multiplan e Iguatemi, para "neutra", avaliando que os juros mais altos continuarão punindo o setor de shopping centers. MULTIPLAN ON era negociada em baixa de 2,35% e IGUATEMI UNIT recuava 2,64%.

- MINERVA ON avançava 6,8%, com empresas do setor entre os destaques positivos, uma vez que tendem a se beneficiar da valorização do dólar ante o real, que nesta sessão renovou máximas históricas, chegando a 6,11 reais. JBS ON subia 3,79%, MARFRIG ON valorizava-se 1,85% e BRF ON apurava alta de 1,97%.

- VALE ON era negociada com elevação de 2,19%, favorecida pelo avanço dos futuros do minério de ferro no exterior. A mineradora também divulgou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de 0,52 real em JCP por ação, com pagamento previsto para março do próximo ano. A data de corte é 11 de dezembro.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,44%, com o setor ainda pressionado por anúncios recentes do governo, incluindo impostos mais altos sobre rendas mais elevadas, que alguns analistas veem como algo negativo para bancos tradicionais e plataformas de investimento. BTG PACTUAL UNIT recuava 3,66% e o índice do setor financeiro na B3 perdia 1,69%.

- PETROBRAS PN subia 1,17%, descolada do movimento do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado perto da estabilidade.

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