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Ibovespa cai atento à pauta fiscal em sessão sem suporte de NY

17 jan 2022 - 11h59
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O principal índice de ações da bolsa brasileira caía nesta segunda-feira, após registrar a melhor semana desde março de 2021, em sessão que deve ser de menor liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos para o dia de Martin Luther King Jr.

Papéis de bancos e de empresas ligadas ao setor de commodities eram as principais contribuições negativas ao índice, enquanto ações de saúde estavam na ponta oposta.

Às 11:49, o Ibovespa caía 0,56%, a 106.330,45 pontos. O volume financeiro era de 3,9 bilhões de reais.

O mercado monitora nesta semana a possibilidade de escalada na pressão de servidores por reajustes salariais, movimento que preocupa investidores dado os potenciais impactos fiscais em caso de sinalização favorável do governo às reivindicações.

Os servidores do Banco Central prometem paralisação das atividades do órgão por algumas horas na terça-feira, segundo o sindicato que representa a categoria.

Em contraponto, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,69% em novembro em relação a outubro, segundo divulgou o BC pela manhã, ante expectativa de alta de 0,65%, de acordo com pesquisa da Reuters.

O resultado vem na sequência de dados de varejo e serviço também melhores do que o esperado, embora o mercado esteja olhando com cautela os número de novembro, já considerados por alguns como de menor importância visto que desde então a variante Ômicron entrou no radar e os cenários de política monetária nos EUA e no Brasil mudaram.

A Cielo informou que as vendas do varejo em dezembro cresceram 3% na comparação com o mesmo período de 2020, descontada a inflação, diante de um Natal mais forte para o setor.

Já a pesquisa semanal Focus do BC mostrou elevação na projeção de economistas para a inflação e para o PIB em 2022 e 2023.

As bolsas na Europa subiam com noticiário corporativo em foco, enquanto as ações na China avançaram depois que o PIB do país cresceu mais do que o esperado e em meio a anúncio de mais estímulos.

A expectativa pela reunião de política monetária do Federal Reserve na semana que vem também movimenta os mercados internacionais.

DESTAQUES

- VALE ON cedia 0,5%, enquanto siderúrgicas também caíam, incluindo USIMINAS PN, que tinha queda de 2,6%, após minério de ferro recuar nas bolsas na Ásia, com melhora na oferta de curto prazo. As duas empresas anunciaram retomada parcial de operações que haviam sido suspensas em Minas Gerais por conta das chuvas.

- BRASKEM ON caía 4,5%, após enviar aos órgãos reguladores dos EUA e do Brasil pedido para oferta pública secundária de ações. Os controladores Petrobras e Novonor vão vender 154,9 milhões de ações preferenciais classe A na Braskem, que podem ser representadas por ADS, totalizando uma operação de cerca de 8 bilhões de reais, com base no último preço de fechamento.

- SANTANDER BRASIL UNIT caía 1,8% e ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,7% e BANCO DO BRASIL ON tinha queda de 1,1%.

- BRF ON caía 4,2%, em dia de assembleia extraordinária de acionistas sobre aumento de capital com emissão de 325 milhões de novas ações ordinárias. Quando anunciada, a operação levou analistas e participantes do mercado a especularem se a acionista Marfrig pretendia adquirir o controle acionário da BRF sem o risco de desencadear a cláusula de "poison pill".

- PETROBRAS PN subia 0,3% e ON avançava 0,1%, quinta alta consecutiva dos papéis, em meio a avanço na venda de participação na Braskem e com petróleo operando próximo da estabilidade.

- EZTEC ON caía 2,2%, após alta inicial. A empresa divulgou na noite de sexta-feira dados operacionais do quarto trimestre, com crescimento nas vendas líquidas e nos lançamentos.

- ALIANSCE SONAE, que não está no Ibovespa, caía 3,3%, após indicar que continuará buscando fusão com BR Malls, apesar da recusa da rival. BR MALLS ON cedia 1,4%.

- CIELO ON subia 4%, após duas sessões de queda. O indicador das vendas do varejo no Brasil elaborado pela empresa mostrou crescimento de 3% do setor em dezembro ante o mesmo período de 2020.

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