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Ibovespa avança no último pregão do ano e deve fechar 2018 com alta de mais de 10%

28 dez 2018 - 12h15
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O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira, último pregão do ano, com as ações da Petrobras entre as maiores altas do Ibovespa, que caminha para fechar 2018 com ganho acumulado de mais de 10 por cento.

29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
29/10/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 12:07, o principal índice de ações da B3 subia 1,64 por cento, a 86.862,47 pontos. O volume financeiro somava 2,2 bilhões de reais.

Após meses de elevada volatilidade, em meio às eleições no Brasil e disputas comerciais no exterior, entre outros fatores, o Ibovespa deve encerrar 2018 no azul pelo terceiro ano seguido, depois de subir 27 por cento em 2017 e 39 por cento em 2016.

A alta ocorre mesmo após forte saída líquida de estrangeiros do segmento Bovespa, de 11 bilhões de reais no ano até o dia 21 de dezembro, dado o ambiente global mais hostil a mercados emergentes e certa hesitação com a mudança do comando do país.

Para o gestor Henrique Bredda, da Alaska Asset Management, a alta do Ibovespa no ano prova que, embora existam distrações no meio do caminho, a bolsa reflete os lucros das empresas, que em 2018, no agregado, subiram bastante em relação a 2017.

"Acreditamos que isso deve se repetir em 2019 versus 2018", afirmou Bredda, que trabalha com um cenário de melhora da economia no próximo ano calendário. A Alaska tem atualmente sob gestão cerca de 8 bilhões de reais.

"Nós estamos com uma capacidade ociosa muito grande, e, conforme o PIB for se recuperando, as receitas vão voltando sem aumento de custo fixo e sem a necessidade de investimentos adicionais, o que acaba turbinando os lucros", destacou.

Bredda também ressaltou que as empresas buscaram melhorar a eficiência após anos de crise, o que deve respaldar a expansão mais rápida dos lucros, assim como o efeito da queda da taxa Selic sobre o custo do endividamento das companhias, aumentando a geração de caixa das empresas.

Nesta sexta-feira, a alta nos futuros acionários em Wall Street e sinalizações benignas da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro quanto a medidas fiscais corroboravam os ganhos no pregão brasileiro.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON tinha elevação de 3,11 por cento e PETROBRAS PN avançava 2,45 por cento, após a diretoria da petrolífera de controle estatal aprovar mecanismo de proteção complementar à política de preços do diesel, semelhante ao utilizado na gasolina, que permitirá à companhia manter a cotação do produto estável nas refinarias por um período de até sete dias em momentos de elevada volatilidade.nego

- ULTRAPAR subia 3 por cento, também entre as maiores altas do Ibovespa, engatando a terceira elevação seguida e retomando níveis de preço de maio deste ano.

- VALE subia 2,2 por cento, acompanhando o movimento de outras mineradoras nos pregões europeus e após o conselho de administração da companhia aprovar a recondução do diretor-presidente, Fabio Schvartsman, para um novo mandato de mais dois anos a partir de maio.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 1,72 por cento, em nova sessão positiva para bancos privados no Ibovespa, com BRADESCO PN em alta de 1,55 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT avançando 1,37 por cento.

- VIA VAREJO ON avançava 3,24 por cento, capitaneando os ganhos do setor de varejo, tendo de pano de fundo dados do mercado de trabalho no Brasil, que mostraram pequena queda na taxa de desemprego, mas com informalidade recorde, enquanto o rendimento ficou quase estável. B2W subia 2,96 por cento

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