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IBGE: safra menor pressiona um pouco preços de alguns alimentos, como milho

11 set 2018 - 13h35
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Rio, 11 - A queda na safra agrícola brasileira em 2018 em relação ao volume obtido no ano passado provocou impacto nos preços de alguns produtos, como o milho, mas não há previsão de pressões significativas sobre os alimentos até o fim deste ano, avaliou Carlos Alfredo Guedes, gerente na Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção nacional de grãos está 14,8 milhões de toneladas menor do que a de 2017, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto. "O impacto da safra menor em 2018 já está dado, não há grandes alterações previstas", disse Guedes.

O pesquisador lembra que a produção menor de milho este ano resultou numa elevação dos preços, que também causou impacto na cadeia produtiva de aves e suínos, que usa o grão como base para a ração animal.

Os preços da soja também aumentaram, mas por questões externas, como a valorização do dólar ante o real e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. A safra de soja esperada para este ano é ainda maior que a do ano anterior. O País deve colher 116,8 milhões de toneladas de soja, 0,3% a mais que o estimado na projeção de julho, graças a um aumento de 0,2% no rendimento da lavoura e alta de 0,1% na área colhida.

Já a safra de feijão em 2018 será 0,7% menor que o previsto em julho, embora ainda o suficiente para atender o consumo interno, totalizando 3,250 milhões de toneladas.

"A gente não vai ter problema este ano no feijão. Atende ao consumo interno. Os preços estão estáveis este ano. A saca de feijão está em torno de R$ 90,00. Não variaram muito este ano, diferentemente de 2016. Na verdade a gente vem de duas safras boas de feijão", notou Guedes.

Na passagem de julho para agosto, o IBGE ajustou suas projeções para as seguintes culturas: trigo (8,2%), uva (4,2%), arroz (2,2%), soja (0,3%), feijão 3ª safra (-0,1%), feijão 1ª safra (-0,3%), milho 1ª safra (-0,4%), feijão 2ª safra (-1,5%), tomate (-1,6%), milho 2ª safra (-3,2%) e sorgo (-9,9%).

Em termos absolutos, os destaques positivos foram trigo (445.435 toneladas), soja (362.273 toneladas), arroz (250.040 toneladas) e uva (58.009 toneladas).

As quedas mais relevantes ocorreram no feijão 3ª safra (369 toneladas), o feijão 1ª safra (5.273 toneladas), o feijão 2ª safra (18.093 toneladas), o tomate (69.935 toneladas), o milho 1ª safra (106.232 toneladas), o sorgo (231.464 toneladas) e o milho 2ª safra (1.792.832 toneladas).

Estadão
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