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Haddad propõe corte em auxílios acima do teto e se diz aberto a discutir capitalização

Petista disse que gostaria de conversar com Ciro Gomes para ouvir propostas do candidato sobre capitalização

10 out 2018 - 11h41
(atualizado às 12h02)
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Disposto a negociar pontos de uma reforma da Previdência para atrair aliados no segundo turno da eleição presidencial, o candidato ao Planalto Fernando Haddad (PT) declarou, nesta quarta-feira, 10, que o foco da proposta visa a eliminar privilégios acima do teto constitucional. O petista se disse disposto, inclusive, a sentar com Ciro Gomes (PDT) para negociar pontos como a sugestão do pedetista de adotar um sistema de capitalização para aposentadorias acima do teto.

"Todos os auxílios que extrapolam o teto vão ter que ser cortados, o teto constitucional vai ter que ser respeitado", disse o candidato. "O teto (do INSS) foi uma iniciativa nossa e foi a maior reforma já feita no País." Para o petista, "muitas variáveis vão ter que ser discutidas". O teto constitucional é balizado pelo salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal - hoje, o valor é de R$ R$ 33,7 mil.

Sobre o regime de capitalização, Haddad afirmou estar à disposição para negociar. "Nós estamos absolutamente dispostos a sentar com ele (Ciro Gomes) para estabelecer um acordo programático." Democracia e direitos sociais são os pontos que a coligação não abre mão nos ajustes do plano de governo, enfatizou.

A proposta de Haddad é se concentrar, em um primeiro momento, nos regimes próprios de Estados e municípios, ou seja, na aposentadoria de servidores de governos estaduais e das prefeituras. Pelo regime de capitalização, as contribuições são como investimentos e o cidadão recebe de acordo com os rendimentos ao longo do tempo.

Haddad citou que está "debruçado" sobre as contas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, Estados em que o PT não tem palanques no segundo turno da eleição. "Sei que vamos precisar sentar com esses governadores e com o quadro de servidores para rever o quadro de aposentadoria", disse o presideciável.

Estadão
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