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Guedes cita avó ao pedir desculpas a empregadas domésticas

Ministro reforçou que o Brasil está 'cheio de belezas naturais e as pessoas pensando em não viajar para o Nordeste'

20 fev 2020 - 13h13
(atualizado às 17h22)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a pedir desculpas para as empregadas domésticas por suas recentes declarações, mas questionou "qual o problema" de fazer uma referência como essa. Na semana passada, Guedes falou que, na época do dólar mais baixo, "havia empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada".

O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

"Quando fazemos política econômica, estamos pensando em todos os brasileiros, particularmente os mais humildes. E aquele modelo antigo transformava os empresários em rentistas. Em vez de fazerem investimentos, criarem empregos, rentistas. E justamente as famílias mais humildes - empregadas domésticas inclusive, a quem eu peço desculpas se puder ter ofendido... a mãe do meu pai foi uma empregada doméstica", disse o ministro durante cerimônia de lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa.

"Qual o problema de você fazer uma referência como essa, mostrando que os preços estão empurrando a população em direções equivocadas?", emendou o ministro.

Guedes reforçou que o Brasil está "cheio de belezas naturais e as pessoas pensando em não viajar para o Nordeste" e disse que as pessoas tiraram suas declarações do contexto. "Por exemplo, por que está 50% mais caro ir para o Nordeste brasileiro que ir para o exterior? Quem tira de contexto o que nós falamos está semeando discórdia, divisão entre os brasileiros em um momento que estamos incluindo milhões de brasileiros no financiamento da Caixa Econômica ao mesmo tempo que estamos desestatizando o mercado de crédito."

Sobre as expectativas para o segundo ano de governo, Guedes falou que sua equipe continua "com o ritmo das reformas" e que, com isso, o País vai crescer 2%, e assim por diante.

"Estamos recuperando a dinâmica de crescimento do País. Não precisamos temer a turbulência internacional. Evidente que há sempre efeitos, mas o Brasil sempre teve sua própria dinâmica de crescimento, é um país continental. É perfeitamente possível o mundo desacelerar, e isso está contratado, o mundo está em desaceleração sincronizada, está descendo, a América Latina está estagnada, e o Brasil vai decolar. O Brasil pode crescer porque tem uma dinâmica própria de crescimento."

O ministro também disse que "é absolutamente natural que o juro de equilíbrio desça e que o câmbio de equilíbrio suba um pouco". "O câmbio é flutuante, o Banco Central opera isso. Mas o patamar é inquestionavelmente mais alto."

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