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Guedes reforça: juros baixos e dólar alto são "novo normal"

20 jan 2020 - 12h14
(atualizado às 13h46)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a avaliar que juros baixos e dólar mais alto são um novo normal na economia, em meio ao compromisso do governo com o controle de gastos públicos, conforme entrevista ao site Poder 360 em parceria com o SBT.

Paulo Guedes, ministro da Economia
Paulo Guedes, ministro da Economia
Foto: Sergio Lima/ Poder360/ Divulgação / Estadão Conteúdo

"É um novo normal. Não quer dizer que o câmbio vai ficar a 4 reais. A nossa ida lá para fora é para dizer para o mundo: 'Olha, ano passado saímos do abismo fiscal, este ano vamos aprofundar as reformas'", afirmou ele na entrevista, que foi feita na última terça-feira, mas publicada pelo site na manhã desta segunda-feira, 20.

"O Brasil vai acelerar o crescimento, aumentar o ritmo de criação de empregos, investimentos e, naturalmente, os recursos virão de fora. Pode até ser que o dólar desça um pouco novamente", ponderou Guedes.

O ministro avaliou que os últimos 30 anos foram de descontrole de gastos no País, com o Banco Central agindo sozinho no aperto monetário para controle da inflação.

"O Brasil durante 10, 20 ou 30 anos teve juros muito altos e câmbio muito baixo. Isso desindustrializou o Brasil, trouxe excesso de importações, prejudicou as exportações e atravancou os investimentos. Essa combinação maldita de juros altos e câmbio baixo foi revertida", avaliou ele.

"O Brasil, em vez de ser um país que tem fiscal frouxo e apertado só no freio monetário, agora controla os gastos do governo, porque gasta muito e gasta mal. Nós queremos que o dinheiro fique no bolso do povo", acrescentou.

No fim de novembro, o ministro já havia dito que diante da redução da taxa básica de juros no país e de um fiscal mais forte, o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

Hoje, a Selic está em 4,5% ao ano, sua mínima histórica, e há expectativas de que caia ainda mais, para 4,25%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em fevereiro.

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