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Grupo agrícola da Bahia vê salto de até 20% na receita em 2018

22 mar 2018 - 20h21
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A Fazenda Eliane, grupo que atua na importante região agrícola de São Desidério, no oeste da Bahia, deverá registrar na safra atual um dos melhores resultados de sua história de quase 30 anos, com um salto de 10 a 20 por cento na receita anual em meio a altas produtividades.

"Está pintando para ser uma das melhores produtividades. Se não for a melhor, vai estar entre as melhores", disse à Reuters o presidente da Fazenda Eliane, Anildo Kurek, referindo-se ao clima favorável da safra atual que começa a ser colhida.

A avaliação do empresário reforça a expectativa de que a produção de soja será recorde no Estado, o que deve ajudar o país a obter uma safra histórica em 2017/18.

O grupo, que cultiva em sistema de rotação de soja, milho e algodão e fatura 60 milhões de reais por ano, deve aproveitar os bons resultados da safra atual para investimentos em máquinas e melhorar o perfil do solo, acrescentou Kurek.

"Vou investir em algumas máquinas que já estavam ultrapassadas, não vou fazer grandes investimentos este ano, já vinha investindo na propriedade, em armazenagem...", declarou.

A postura do presidente da Fazenda Eliane mostra como o grupo está preparado para enfrentar intempéries climáticas como as que reduziram o ganho do produtor nos últimos anos.

"Como a nossa área é antiga e fazemos rotação de cultura, isso ajuda no perfil de solo, na fertilidade, e ajuda a manter a gente de pé nos períodos difíceis", comentou o agrônomo da Fazenda Eliane, Kleber Sosnoski.

A fazenda cultiva 4,3 mil hectares de soja e uma área semelhante de algodão e milho, somando ao todo cerca de 13 mil hectares.

Mas o momento atual é de tirar proveito de uma retomada mais forte da agricultura de São Desidério, um dos principais municípios agrícolas do Brasil.

A Fazenda Eliane conta também com uma sementeira de soja.

"As produtividades deste ano vão impulsionar a região como um todo", disse Sosnoski, durante evento do Rally da Safra, expedição técnica que segue da Bahia para o Tocantins nesta quinta-feira e é acompanhada pela Reuters.

PREÇOS

O presidente da empresa disse acreditar que poderá melhorar suas médias de comercialização diante de mercado altista dos preços da soja, na esteira das perdas da Argentina, que reduziram a oferta global.

Uma parte da produção de soja da fazenda vira semente, mas também há vendas para as tradings.

Segundo Kurek, a empresa comercializou pouco de sua soja, algo em torno de 15 por cento, e há bom espaço para capturar preços satisfatórios nos próximos meses.

"Não pegamos as máximas de preços recentes, mas acreditamos que teremos novas oportunidades."

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