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Grécia corre risco de não receber dinheiro da zona do euro se não concluir reformas, dizem autoridades

18 fev 2019 - 15h23
(atualizado às 15h35)
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A Grécia está sob risco de não receber cerca de 750 milhões de euros no próximo mês, conquistados sob um acordo de alívio da dívida com a zona do euro no ano passado, por não ter completado reformas que tinham sido acordadas, afirmaram autoridades da zona do euro nesta segunda-feira.

Bandeira da Grécia na sede do Parlamento em Atenas
28/01/2019
REUTERS/Alkis Konstantinidis
Bandeira da Grécia na sede do Parlamento em Atenas 28/01/2019 REUTERS/Alkis Konstantinidis
Foto: Reuters

O dinheiro é parte de aproximadamente 4,8 bilhões de euros de lucro de títulos gregos sob controle de bancos centrais da zona do euro, a serem devolvidos a Atenas até meados de 2022 em tranches semi-anuais. O alívio à Grécia também contemplou uma isenção da elevação da taxa de juros sobre parte dos empréstimos da zona do euro.

Juntas, as duas medidas somam até 750 milhões de euros a cada seis meses. A verba foi pensada como incentivo para Atenas continuar com as reformas duramente conquistadas, adotadas sob os três resgates ao qual se submeteu desde 2010, valendo mais de 280 bilhões de euros no total.

A Comissão Europeia divulgará um relatório em 27 de fevereiro detalhando o progresso grego na implementação das reformas acordadas. A conclusão desse relatório será crucial para ministros das Finanças da zona do euro decidirem se permitirão o desembolso.

"O relatório provavelmente dirá que a Grécia não completou as reformas acordadas", disse uma autoridade da zona do euro.

"Ministros das Finanças da zona do euro, que se reúnem para discutir a questão em 11 de março, não permitirão o desembolso a menos que Atenas conclua as ações entre 27 de fevereiro e 11 de março", afirmou a autoridade.

Há 16 reformas em diferentes etapas de conclusão, mas as cruciais, segundo autoridades, estão ligadas à liberação dos pagamentos em atraso do governo, à implementação do sistema primário de saúde e contratação centralizada de saúde e à estrutura legal para resolução de empréstimos em atraso, em especial a lei de insolvência das famílias.

Se ministros da zona do euro retiverem o dinheiro em março, ele ainda pode ser desembolsado em algum momento posterior, assim que todas as reformas forem concluídas conforme acordado, disseram autoridades.

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