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Grandes estoques de milho do Brasil compensarão safra menor, diz exportador

8 fev 2018 - 17h41
(atualizado às 18h35)
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Grandes estoques de milho do Brasil na temporada 2017/18 permitirão que o país mantenha a força nas exportações neste ano, apesar de uma safra estimada para ser 10 por cento menor que o recorde da temporada passada, afirmou nesta quinta-feira um representante da associação de exportadores Anec.

Milho de segunda safra é visto fora de silos já cheios de milho perto de Sorriso, no Estado do Mato Grosso
26/07/2017
REUTERS/Nacho Doce
Milho de segunda safra é visto fora de silos já cheios de milho perto de Sorriso, no Estado do Mato Grosso 26/07/2017 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta quinta-feira a produção de milho do Brasil, segundo exportador global, em 88 milhões de toneladas, ante 97,8 milhões no ciclo anterior, em meio a uma área plantada menor.

Mas os estoques iniciais em 2017/18 estão previstos pela Conab em um volume histórico de 18,6 milhões de toneladas, versus 6,9 milhões na temporada passada.

As exportações do cereal Brasil foram estimadas pela Conab em 30 milhões de toneladas em 2017/18, perto do recorde registrado no ciclo anterior, de 30,8 milhões de toneladas.

"Na exportação, tem estoque de passagem de milho grande, eu acho que (a safra menor) não vai prejudicar", afirmou o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, durante evento em Brasília nesta quinta-feira.

"Na parte do milho talvez você tenha uma reducão, não na exportação, na produção. Mas vai ser compensado pelo estoque de passagem... se as coisas correrem bem, capaz até de bater recorde de novo (para exportação de grãos em geral)", acrescentou Mendes, referindo-se à soja e milho.

Para a soja, a Conab estima exportações de 66 milhões de toneladas, ante recorde de 68,15 milhões na temporada passada --o país é o maior exportador da oleaginosa.

No caso da soja, a Conab elevou sua projeção de produção em 2017/18 para 111,56 milhões de toneladas, ante 110,43 milhões em janeiro e inferior apenas ao recorde de 114,07 milhões de toneladas do ano passado.

O representante da Anec não apontou números para as exportações.

Mendes lamentou problemas logísticos na BR-163, em função do trecho não pavimentado da rodovia no Pará, que tem atrasado os embarques no início da safra. A via é importante ligação entre áreas produtoras de Mato Grosso e o porto fluvial de Miritituba (PA), de onde partem barcaças carregadas de grãos em direção aos portos do Norte.

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