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Governo do Japão indica Haruhiko Kuroda para novo mandato como presidente do BC

16 fev 2018 - 07h29
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O Japão indicou Haruhiko Kuroda para outro mandato como presidente do banco central nesta sexta-feira, e escolheu um defensor de um afrouxamento monetário mais ousado como um de seus vices em forte sinal aos investidores de que as autoridades não têm pressa para acabar com o programa de estímulo.

A escolha da nova liderança do Banco do Japão foi feita em meio à elevada ansiedade nos mercados financeiros japonês e globais, alimentada parcialmente pela especulação sobre a velocidade com que os principais bancos centrais vão reduzir as políticas adotadas na época da crise.

Em uma ação amplamente esperada, o governo indicou Kuroda, ex-burocrata do Ministério das Finanças de 73 anos, para outro mandato de cinco anos quando o atual terminar em abril.

Isso fará dele o presidente do banco central mais longevo em 50 anos, sinal da confiança do primeiro-ministro Shinzo Abe na capacidade dele de tirar a economia do Japão da estagnação.

O mercado acionário japonês avançou diante do alívio de que o Banco do Japão vai manter seu enorme estímulo, mesmo que outros bancos centrais caminhem para o fim dessas medidas.

O governo também indicou Masazumi Wakatabe, acadêmico de 52 anos da Universidade Waseda e defensor de um afrouxamento agressivo, para o cargo de vice-presidente do banco central.

A escolha de Wakatabe pode complicar a tarefa de Kuroda de formular uma lenta mas contínua saída do estímulo adotado pelo banco central.

Da mesma forma, também pode ajudar o Banco do Japão a dissipar as especulações do mercado de que pode reduzir o estímulo mais cedo que o esperado, e permitir que se volte para mais afrouxamento se os ganhos contínuos do iene ameaçarem a recuperação econômica do Japão, dizem alguns analistas.

O outro posto de vice-presidente foi para o diretor executivo do Banco do Japão, Masayoshi Amamiya, um veterano conhecido por arquitetar várias medidas de política monetária.

As indicações precisam de aprovação de ambas as Casas do Parlamento, o que é praticamente certo já que a coalizão governista de Abe tem confortável maioria.

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