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Governo brasileiro negocia investimento da Petrobrás em leilão em Israel

Nos últimos anos, Petrobrás encolheu sua presença no exterior para concentrar atividades no mercado interno

31 mar 2019 - 19h54
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se encontrou neste domingo, 31, com o seu homólogo israelense, Yuval Steinitz. Durante o encontro, trataram de uma possível participação da Petrobrás no segundo leilão de gás natural e exploração de óleo em duas áreas licitadas pelo país, informou o MME, em nota oficial. Segundo o ministério brasileiro, esse é o segundo encontro dos dois. O primeiro aconteceu nos Estados Unidos, neste mês, durante o evento Cera Week 2019.

"Ficou acordado que a Petrobrás, que está entre as maiores companhias de energia do mundo ... tomará parte no processo de exploração de petróleo e gás em Israel", disse Steinitz à Army Radio.

Um número de grandes descobertas de gás offshore em águas de Israel e do Mediterrâneo oriental na última década colocou Israel no mapa para grandes empresas de energia.

Israel está leiloando 19 novos blocos offshore a empresas de petróleo e gás. Um leilão anterior gerou propostas de apenas dois grupos de companhias, e o ministro de Energia afirmou esperar maior competição desta vez, uma vez que as condições melhoraram. A Exxon Mobil Corp, em uma grande mudança de sua política, também está considerando participar do leilão.

Além da concorrência, os ministros discutiram hoje a assinatura de três protocolos de cooperação: um na área de exploração de óleo e gás em águas profundas; outro relativo à regulação, envolvendo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e outro relativo à cibersegurança, voltada para o setor de energia.

Procurada, a Petrobrás informou que não irá comentar a informação do MME de que pode participar de leilão em Israel. Nos últimos anos, a Petrobrás encolheu sua presença no exterior para concentrar no mercado interno, principalmente no pré-sal, que é o foco do seu plano estratégico. Para ter recursos para investir na região, a empresa tem se desfeito de ativos em outras áreas no Brasil.

Estadão
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