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Gol tem conseguido absorver variações de custos de combustíveis com repasse para tarifas

7 mar 2018 - 11h46
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A Gol tem conseguido absorver as variações nos custos de combustíveis com "boa capacidade" de repasse para tarifas, segundo o diretor presidente da companhia aérea, Paulo Kakinoff.

Em teleconferência após a divulgação do resultado do quarto trimestre, o executivo afirmou ainda que a mesma capacidade de absorção se aplica também à questão cambial.

No caso dos combustíveis, a empresa acrescentou que o ambiente para preços deve ficar um pouco acima do esperado este ano, reforçando também a importância da entrada das novas aeronaves Boeing 737 MAX 8, de menor consumo.

O vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, destacou que os novos aviões vão fortalecer as métricas econômicas a partir da metade de 2018, o que deve permanecer pelos próximos anos.

Estes novos aviões serão usados para operar os voos para os Estados Unidos a partir de Brasília e Fortaleza e, segundo Kakinoff têm capacidade técnica para voar para a Europa, embora ainda não exista nenhuma definição nesse sentido.

As novas operações, aliadas à recuperação da economia, devem ajudar a empresa a alcançar a projeção de aumento na oferta internacional de 7 a 10 por cento este ano, após crescimento de apenas 0,2 por cento em 2017.

"Praticamente todos os players devem apresentar acréscimo significativo (na oferta internacional) este ano", disse Kakinoff, acrescentando que o motivo principal é a base de comparação mais fraca, devido à crise econômica que afetou o Brasil nos últimos anos.

No caso da oferta de voos domésticos, a expectativa da Gol é de estabilidade a crescimento de 3 por cento este ano, após alta de 0,9 por cento em 2017.

Para este ano, Kakinoff afirmou que a empresa tem o mapa de destinos de 2018 praticamente todo definido e que novidades devem ser anunciadas em 2019.

A Gol registrou um lucro líquido antes da participação minoritária de 63,9 milhões de reais no quatro trimestre de 2017, revertendo prejuízo de 30,2 milhões de reais no mesmo período de 2016.

As ações da companhia recuavam 1,6 por cento na B3 por volta das 11:40, tendo ainda no radar anúncio da sua controlada Smiles de que planeja reduzir o percentual do lucro destinado à remuneração de seus acionistas.

MEDIDAS PARA O SETOR

As empresas aéreas aguardam ainda a votação no Senado da proposta de limitar em 12 por cento o ICMS sobre combustível de aviação, inicialmente prevista para este ano. Outra medida do setor em andamento no Congresso Nacional é o acordo de céus abertos com os Estados Unidos, que elimina os limites do número de voos entre os dois países.

No entanto, Kakinoff destacou que dado o atual cenário político brasileiro não é possível prever quando as medidas devem ser apreciadas.

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