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Gerdau espera demanda forte por aço nos EUA em 2023 e estabilidade no Brasil

8 dez 2022 - 16h32
(atualizado às 16h56)
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A Gerdau espera demanda por aço nos Estados Unidos ainda em patamares elevados em 2023, apesar dos receios dos mercados financeiros sobre a possibilidade de uma recessão naquele país em razão da alta de juros, disseram executivos da companhia nesta quinta-feira.

"Alguns fundamentos da economia norte-americana continuam muito fortes", disse o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, durante conferência com analistas e investidores. Ele se referiu, por exemplo, ao mercado de trabalho, que segue aquecido, com a empresa tendo dificuldades para conseguir preencher vagas em aberto.

O presidente da unidade norte-americana da Gerdau, Chia Yuan Wang, afirmou que a desaceleração da atividade nos EUA esperada com o aumento dos juros pelo Federal Reserve pode ser "atenuada" pelos pacotes de investimentos anunciados pelo governo de Joe Biden. Entre eles, o plano de infraestrutura de 1,2 trilhão de dólares e o fenômeno do "reshoring", marcado pela volta ao país da produção de setores que antes era feita na Ásia,

"Mesma que haja um 'slowdown' (desaceleração), teremos uma média maior de utilização de nossos equipamentos em relação ao nosso histórico", disse Wang. "Já começamos a observar entrada de pedidos que estão trazendo capacidade da Ásia para a América do Norte", afirmou Werneck, citando como exemplo pneus e semicondutores.

No Brasil, o presidente da Gerdau afirmou que a companhia espera uma demanda por aço com "ligeiro crescimento" em 2023. O presidente da unidade brasileira, Fernando Pessanha, afirmou que há incertezas para o próximo ano que dependem dos planos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Pessanha, 40% das entregas de aço da Gerdau são voltadas ao setor de construção civil. Ele afirmou que a companhia está com "carteira de pedidos cheia". Os potenciais alavancadores de demanda no país no próximo ano, segundo ele, serão eventuais planos para infraestrutura e programas como o Minha Casa Minha Vida, que já passaram por diversas alterações ao longo do governo de Jair Bolsonaro mas que seguem produzindo poucos efeitos para o setor de construção civil.

Também para o ano que vem, a Gerdau está avaliando planos para uma reforma de equipamentos de sua usina integrada em Ouro Branco (MG), algo que Werneck afirmou que deve levar 10 anos de investimentos. Segundo ele, até fevereiro a Gerdau deverá ter definido o plano de reforma do alto forno 1 da usina.

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