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Gerdau eleva preços em agosto e prêmio de aço vai para zero, diz presidente

5 ago 2020 - 14h56
(atualizado às 15h38)
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A Gerdau elevou seus preços de aço para entrega neste mês em 6% a 8%, zerando com isso a uma diferença negativa de 20% registrada ante preços internacionais no segundo trimestre, afirmou nesta quarta-feira o presidente-executivo da siderúrgica, Gustavo Werneck.

30/07/2013
REUTERS/David McNew
30/07/2013 REUTERS/David McNew
Foto: Reuters

"Com esse prêmio negativo e a recuperação do mercado, criou-se um ambiente propício (para reajustes)", disse o executivo durante teleconferência com jornalistas. Em julho a Gerdau aumentou os preços de longos em 8% a 10%.

A analistas, Werneck afirmou ainda que a companhia vai elevar em cerca de 11% os preços de aços planos em setembro.

Mais cedo, a Gerdau divulgou queda de 15% no lucro líquido do segundo trimestre, mas dando sinais de crescimento na demanda em relação aos três primeiros meses do ano.

"As entregas da Gerdau no varejo de construção em junho foram as melhores desde março de 2015...O mês de julho veio na mesma tendência. Seguimos vendo sinais positivos no mercado em agosto", disse o executivo.

Werneck afirmou que o setor de construção residencial segue ativo no país, inclusive incentivando compradores de vergalhões da companhia a acelerarem obras e encomendas de aço à Gerdau.

As ações da Gerdau exibiam alta de 6,9% por volta de 14:45, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 0,95%.

"Estamos muito otimistas com o segundo semestre deste ano", afirmou Werneck.

Porém, em teleconferência com analistas, o executivo citou que boa parte do avanço das vendas de materiais de construção no varejo nacional ocorreu pelos estímulos concedidos pelo governo, que devem se encerrar até o final do ano. Com isso, Werneck comentou que em 2021, quando a Gerdau completa 120 anos de existência, a indústria pode ter dificuldades "se medidas adicionais mais estruturantes" não forem implementadas.

Analistas do Credit Suisse decidiram manter a recomendação "outperform" para as ações da Gerdau, citando perspectiva de que "a demanda por aços longos deve continuar mais resiliente ante aços planos e viver uma recuperação mais rápida".

Werneck comentou ainda que, após o religamento de alto-forno da usina de Ouro Branco (MG) em julho, a Gerdau avalia que o canal de exportações a partir do Brasil representará uma geração de resultado "interessante no segundo semestre".

Ele citou ainda que a companhia chegou a fazer exportações em junho de aços semiacabados para a China, maior produtor de aço do mundo e que se tornou importador pela primeira vez em 11 anos no final do primeiro semestre.

Para 2020, a Gerdau está mantendo orçamento de investimento de 1,6 bilhão de reais.

Werneck comentou também que a empresa enxerga na unidade de novos negócios recém criada, Next, possibilidade de representar cerca de 20% do faturamento do grupo nos próximos 10 anos.

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