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Geração de emprego nos EUA desacelera em dezembro e taxa de desemprego permanece em 3,5%

10 jan 2020 - 10h47
(atualizado às 11h08)
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O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em dezembro, mas o ritmo de contratação permanece mais do que suficiente para manter a maior expansão econômica da história norte-americana nos trilhos, apesar da desaceleração do setor industrial devido a disputas comerciais.

Trabalhadores em um local de construção de Los Angeles. REUTERS/Lucy Nicholson
Trabalhadores em um local de construção de Los Angeles. REUTERS/Lucy Nicholson
Foto: Reuters

O relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho desta sexta-feira também mostrou que a taxa de desemprego se manteve perto de uma mínima em 50 anos de 3,5%. Uma medida mais ampla do desemprego caiu para a mínima recorde de 6,7% no mês passado, embora os ganhos salariais tenham diminuído.

O relatório provavelmente não mudará a avaliação do Federal Reserve de que tanto a economia quanto a política monetária dos Estados Unidos estão em uma "boa posição".

A geração de vagas de trabalho fora do setor agrícola nos EUA chegou a 145 mil no mês passado, com a indústria cortando postos de trabalho depois de ter sido impulsionada em novembro pelo retorno ao trabalho de cerca de 46 mil trabalhadores da General Motors após uma greve. Temperaturas mais amenas do que o normal em dezembro aumentaram as contratações nos canteiros de obras.

Parte da desaceleração em dezembro provavelmente se deve à volatilidade sazonal associada ao Dia de Ação de Graças em data posterior à normal.

Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 164 mil postos de trabalho em dezembro. São necessários aproximadamente 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Os dados de outubro e novembro foram revisados para mostrar criação de 14 mil empregos menos do que o relatado anteriormente. A economia criou 2,1 milhões de empregos em 2019, abaixo dos 2,7 milhões gerados em 2018.

As preocupações de que uma desaceleração possa ser desencadeada pela guerra comercial do governo Trump contra a China estimularam o Fed a cortar sua taxa de juros três vezes em 2019. De fato, o crescimento econômico desacelerou no ano passado, indo para 2,1% no terceiro trimestre em relação ao ritmo de 2018 de quase 3%.

Agora, no entanto, com a Fase 1 de um acordo comercial com a China a ser assinada na próxima semana, as autoridades dos EUA estão mais confiantes nas perspectivas e no mês passado sinalizaram que os custos dos empréstimos podem permanecer inalterados pelo menos até o final deste ano.

O mercado de trabalho continuou produzindo empregos em ritmo saudável, apesar das evidências de escassez de trabalhadores, que os economistas temiam poder restringir significativamente as contratações.

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