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Gastos do consumidor nos EUA mantêm ritmo de alta em agosto

28 set 2018 - 10h01
(atualizado às 10h25)
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Os gastos dos consumidores norte-americanos aumentaram de forma constante em agosto, enquanto o núcleo da inflação permaneceu na meta de 2 por cento do Federal Reserve pelo quarto mês consecutivo.

Consumidora faz compras na Pensilvânia 
15/02/2018
REUTERS/Maranie Staab
Consumidora faz compras na Pensilvânia 15/02/2018 REUTERS/Maranie Staab
Foto: Reuters

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,3 por cento no mês passado, após um ganho não revisado de 0,4 por cento em julho. Os gastos no mês passado foram impulsionados pelos gastos com saúde, que compensaram a queda nas compras de veículos.

O aumento de agosto nos gastos do consumidor estava de acordo com as expectativas dos economistas.

Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor subiram 0,2 por cento em agosto, após avanço de 0,3 por cento em julho.

O relatório veio na esteira dos dados divulgados na quinta-feira que mostraram um declínio nas encomendas de bens de capital em agosto e um novo aumento do déficit comercial, que levou os economistas a reduzirem suas estimativas do Produto Interno Bruto para o terceiro trimestre para uma taxa anualizada de 2,8 por cento.

A economia cresceu a um ritmo de 4,2 por cento no segundo trimestre, impulsionada pelos gastos robustos do consumidor e pelo fato de os agricultores anteciparem as exportações de soja para a China antes que as tarifas retaliatórias de Pequim entrassem em vigor no início de julho.

Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma guerra comercial crescente. Economistas alertaram que a disputa cada vez mais acirrada pode prejudicar os negócios e os gastos dos consumidores.

Em agosto, os gastos com produtos aumentaram 0,3 por cento, provavelmente puxados pelos preços mais altos da gasolina. Os gastos com serviços avançaram 0,4 por cento, com os gastos em saúde respondendo por grande parte do aumento.

Houve uma moderação no aumento mensal de preços em agosto. O índice PCE excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia permaneceu estável após subir 0,2 por cento em julho.

Isso deixou o aumento na base anual do chamado núcleo da inflação em 2,0 por cento. O núcleo do índice PCE é a medida de inflação preferida do Fed. Ele atingiu a meta de inflação de 2 por cento do banco central dos EUA em março pela primeira vez desde abril de 2012.

O Fed elevou os juros na quarta-feira pela terceira vez neste ano, e o chairman Jerome Powell disse a repórteres que as autoridades preveem que a inflação permanecerá na meta do banco central "em uma base sustentada".

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