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Gastos do consumidor dos EUA têm leve alta e núcleo de inflação apresenta moderação

29 set 2017 - 10h19
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Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos tiveram leve alta em agosto uma vez que o furacão Harvey provavelmente pressionou as vendas de automóveis, e a inflação anual avançou no ritmo mais lento desde 2015, apontando para uma moderação no crescimento econômico no terceiro trimestre.

O Departamento de Comércio disse nesta sexta-feira que os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, subiram 0,1 por cento no mês passado com as temperaturas inesperadamente amenas reduzindo a demanda por serviços públicos. Isso seguiu-se a um aumento de 0,3 por cento não revisado em julho.

O avanço do mês passado nos gastos dos consumidores ficou em linha com as expectativas dos economistas. Quando ajustados pela inflação, os gastos dos consumidores caíram 0,1 por cento em agosto, a primeira queda desde janeiro.

O governo disse que os dados refletiram os efeitos do furacão Harvey. No entanto, ele não pode quantificar separadamente o impacto total do Harvey nos dados. O governo disse que fez ajustes nas estimativas onde os dados de origem ainda não estavam disponíveis ou não refletiam completamente os efeitos da tempestade.

O relatório foi a indicação mais recente de que o Harvey, juntamente com o furacão Irma, vão prejudicar o crescimento econômico no terceiro trimestre. A economia cresceu a uma taxa anualizada de 3,1 por cento no segundo trimestre, com os consumidores dando o maior impulso.

Os economistas estimam que as tempestades podem reduzir em até 0,6 ponto percentual o ritmo de crescimento do PIB no terceiro trimestre. No entanto, espera-se um aumento da produção no quarto trimestre, com a reconstrução das comunidades devastadas pelos furacões.

A inflação permaneceu benigna no mês passado, com o núcleo do índice PCE, que exclui alimentos e energia, subindo 0,1 por cento. O núcleo do PCE subiu na mesma margem por quatro meses consecutivos.

Como resultado, o avanço anual no núcleo do PCE desacelerou para 1,3 por cento após 1,4 por cento em julho. Esse foi o resultado mais fraco desde novembro de 2015.

O índice PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve. O banco central dos Estados Unidos tem como meta uma inflação de 2 por cento.

O Fed sinalizou na semana passada que espera mais um aumento dos juros até o final do ano. Na terça-feira, a chair Janet Yellen disse que o Fed precisa continuar a subir os juros gradualmente, apesar da incerteza sobre a trajetória de inflação. [nL2N1M12BI]

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