PUBLICIDADE

Foco dos bancos dos EUA em empréstimos pode impactar Treasuries, diz Credit Suisse

20 jan 2022 - 13h36
Compartilhar
Exibir comentários

O apetite dos bancos dos Estados Unidos por títulos do Tesouro do país pode diminuir à medida que as instituições mudam seu foco para o crescimento dos empréstimos, ao mesmo tempo que o banco central (Fed) planeja encolher a carteira de ativos e aumentar as taxas de juros para combater a inflação, disse Zoltan Pozsar, analista do Credit Suisse.

A menor demanda por títulos do Tesouro dos EUA de longo prazo pode pressionar ainda mais os rendimentos, que já saltaram neste mês, à medida que investidores se ajustam às expectativas de que o Fed apertará a política monetária de forma mais agressiva.

As compras de ativos pelo Fed contribuíram para uma liquidez e atividade de negociação sem precedentes durante a pandemia, mas a receita operacional dos principais bancos de Wall Street caiu no quarto trimestre, à medida que os mercados se normalizaram e o banco central norte-americano começou a reduzir suas compras de ativos, o que resultou em menores volumes de negociação.

O Bank of America divulgou na quarta-feira um salto de 30% (acima do esperado) no lucro trimestral, parcialmente impulsionado por recordes nas concessões de empréstimos.

O JPMorgan informou na semana passada expansão de 6% nos empréstimos, enquanto suas receitas operacionais caíram, e o Goldman Sachs na quarta-feira divulgou lucro trimestral abaixo das expectativas, atingido por receitas de negócios mais fracas.

"Nossa visão de que as carteiras dos bancos absorverão facilmente as emissões do Tesouro dos EUA em meio ao excesso de liquidez e ao lento crescimento dos empréstimos está mudando agora que o crescimento dos empréstimos está de volta e o QT (aperto quantitativo) está se aproximando", disse Pozsar em relatório na quarta-feira.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade