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FMI e OMS pedem que líderes se concentrem em gastos com saúde para controlar o vírus

3 abr 2020 - 13h27
(atualizado às 13h36)
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O FMI e a Organização Mundial da Saúde pediram nesta sexta-feira aos líderes dos países em desenvolvimento que priorizem o pagamento de pessoal médico, compra de equipamentos de proteção e outros gastos em saúde em resposta à pandemia de Covid-19.

Logo fotografado na sede da OMS, em Genebra, Suíça 
22/11/2017
REUTERS/Denis Balibouse
Logo fotografado na sede da OMS, em Genebra, Suíça 22/11/2017 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Em uma coluna conjunta no jornal Telegraph, do Reino Unido, os diretores das duas instituições disseram que controlar o novo coronavírus é um pré-requisito para revitalizar a economia global e que é fundamental encontrar o equilíbrio certo ao gastar com ajuda emergencial.

"Nosso apelo conjunto às autoridades, especialmente nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, é para reconhecerem que a proteção da saúde pública e o retorno das pessoas ao trabalho andam de mãos dadas", escreveram Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, e Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

"À medida que o financiamento para apoiar orçamentos públicos severamente restritos chega aos países necessitados, nosso pedido conjunto é que coloquem as despesas de saúde no topo da lista de prioridades", disseram.

Os líderes do FMI e da OMS também enfatizaram seu pedido conjunto com o Banco Mundial de alívio da dívida para os países mais pobres, uma etapa que ainda não foi apoiada pelas principais economias do Grupo dos 20 (G20).

Georgieva e Tedros disseram que os gastos com saúde são críticos para proteger as pessoas contra a pandemia e devem ser combinados com iniciativas para reduzir o desemprego, minimizar as falências e fortalecer as economias devastadas por grandes paralisações.

Transferências em dinheiro, subsídios salariais, benefícios reforçados de desemprego e outras medidas desse tipo devem complementar -- e não substituir -- gastos com saúde e até campanhas de conscientização pública sobre a lavagem das mãos, escreveram.

Isso é crítico, dado o estado despreparado dos sistemas de saúde em muitos países e o fato de que o distanciamento social é impossível em favelas urbanas altamente congestionadas, disseram eles.

O FMI recebeu pedidos de 20 bilhões de dólares em financiamento de emergência de 85 países, número sem precedentes, e começou a desembolsar os primeiros valores para países como Quirguistão, Honduras e Ruanda.

O Fundo planeja dobrar seus fundos de emergência de 50 bilhões para 100 bilhões de dólares, e seus membros agiram para aumentar sua capacidade de empréstimo total de 1 trilhão de dólares, escreveram.

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