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FMI e membro do BC do Japão dizem que país precisa manter estímulo

8 nov 2017 - 10h06
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O Fundo Monetário Internacional recomendou nesta quarta-feira para o Japão que mantenha o estímulo monetário maciço para dar suporte aos preços ao consumidor, uma visão compartilhada pelo membro do conselho do banco central japonês Yukitoshi Funo, reforçando as expectativas de que a política monetária continuará expansionista.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, estava fazendo a coisa certa ao se comprometer em manter a política monetária frouxa até que a inflação atinja sua ambiciosa meta de 2 por cento.

As declarações dela vieram em meio a críticas crescentes de que as fortes compras de ativos pelo Banco do Japão estão distorcendo os mercados e impulsionando os preços das ações em Tóquio --que atingiram a máxima de quase 26 anos nesta semana-- para além dos níveis justificados pelos fundamentos econômicos.

"Um dos pontos fortes dos banqueiros centrais é serem muito claros em sua comunicação e determinados em suas decisões, o que Kuroda demonstra claramente", disse Lagarde à Reuters nesta quarta-feira.

Com a inflação distante da meta, o Banco do Japão disse que não planeja reduzir seu enorme estímulo, mesmo com os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa buquem uma saída de suas políticas monetárias adotadas com a crise.

Funo, membro do conselho do Banco do Japão, também defendeu nesta quarta-feira as imensas compras de ativos do banco, dizendo que não vê necessidade agora de desacelerar as compras no ritmo atual de 6 trilhões de ienes (53 bilhões de dólares) por ano.

"Os preços das ações não estão se superaquecendo", disse Funo, acrescentando que é "muito favorável" que os preços das ações tenham subido tanto.

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