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Fitch vai esperar até o próximo ano para julgamento final em meio à pandemia

14 abr 2021 - 14h36
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A agência de classificação de risco Fitch informou que deve esperar até o próximo ano antes de tomar a decisão final sobre muitos dos países que ainda estão em alerta de rebaixamento devido à crise da Covid-19.

Fitch vai esperar até o próximo ano para julgamento final em meio à pandemia.  REUTERS/Reinhard Krause/File Photo
Fitch vai esperar até o próximo ano para julgamento final em meio à pandemia. REUTERS/Reinhard Krause/File Photo
Foto: Reuters

A Fitch rebaixou um recorde de 35 países, incluindo 10 mais de uma vez, no ano passado, quando a pandemia paralisou economias e elevou os níveis da dívida.

O cenário parece estar longe do fim. A empresa ainda tem 35 países com rating soberano com "perspectiva negativa" - linguagem da agência de classificação para alerta - variando dos mais bem classificados, como os Estados Unidos e Austrália, para muitos no final do espectro.

Estatisticamente, isso apontaria para outra grande onda de cortes. Historicamente, 63% das perspectivas negativas da Fitch acabaram em rebaixamento, embora as crises tendam a ser diferentes e essa, especialmente, tem sido assim.

Na sequência da crise financeira em 2009 e 2010, 46% e 43% dos países colocados em perspectivas negativas nesses respectivos anos foram rebaixados dentro de cerca de 6 meses. Desta vez, o saldo foi de apenas 21%, embora muitos tenham sido colocados em alerta há quase um ano.

O diretor-gerente da Fitch para soberanos globais e supranacionais, Tony Stringer, disse que a natureza única da pandemia combinada com a incerteza sobre a recuperação e as taxas de juros globais significam que muitas dessas decisões de classificações de risco precisarão de mais tempo.

"Só no ano que vem veremos o julgamento final de muitos desses países", disse Stringer à Reuters.

"Não espero ver um número significativo de ações negativas nos próximos meses. Acho que vai demorar mais para avaliar como os países estão lidando com a fase de recuperação e, em seguida, ver os planos de consolidação fiscal."

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